MP-AP oferta denúncia por homicídio quintuplamente qualificado no caso Tainá Freitas, no município de Santana
O crime foi cometido pelo pedreiro e vizinho da vítima Márcio da Silva, de 32 anos, que a espancou até a morte

O promotor de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Adilson Garcia, em exercício na 1° Promotoria Criminal de Santana ofertou, na quarta-feira (31), no Fórum da comarca de Santana, denúncia por homicídio quintuplamente qualificado em concurso material com a tentativa de estupro no “caso Tainá Freitas”. A denúncia está embasada no inquérito judicial sobre a morte de Tainá Freitas, de 21 anos, em 2017.
O homicídio ocorreu no município de Santana, em uma construção abandonada em frente ao 4° batalhão da Polícia Militar. O crime foi cometido pelo pedreiro e vizinho da vítima Márcio da Silva, de 32 anos, que a espancou até a morte.
Tainá Barros Freitas voltava da casa do namorado, na Avenida Santana, em direção a sua residência, seguindo pela Rodovia Duca Serra por volta de 4h55 da manhã, quando cruza o caminho com Márcio Roberto Fagundes da Silva, então com 30 anos, que passava no sentido contrário ao da jovem.
Para o promotor de Justiça, o crime foi motivado após a tentativa de estupro, “Nós chegamos à conclusão de que ele tentou o estupro e, não conseguindo o seu intento, acabou por matar a vítima para ocultar esse crime que momentos antes ele teria tentado cometer”, pontuou Adilson.
A perícia indicou que a jovem faleceu devido a traumatismo cranioencefálico. Na época do ocorrido, o pedreiro chegou a ser preso preventivamente, mas logo foi solto. Caso seja condenado, Márcio pode pegar 25 anos de prisão. Ele já tem passagens por homicídio quando ainda era menor de idade.
“Nós temos lesões no joelho do acusado compatíveis com alguém que entrou em combate e arranhou o joelho no chão áspero do local da cena do crime. São lesões idênticas as que foram encontradas na vítima” e “as sujidades encontradas na roupa do acusado são compatíveis com as encontradas no cadáver e na cena do crime”, detalhou Adilson Garcia
A tentativa de estupro
Durante o exame de corpo delito foi encontrado sêmen no corpo da vítima, o que indicaria que a mesma teria sido estuprada pelo seu assassino.
“O exame de DNA constatou que o sêmen encontrado não era compatível com o do acusado e sim com o do namorado da vítima, com quem esta manteve relação sexual mais cedo naquela noite.
Entretanto, o cadáver da vítima foi encontrado nu, com lesões, assim como o agressor apresentou lesões compatíveis com um embate dessa natureza, ou seja, a reação desesperada da vítima para não ser estuprada, o que caracteriza a tentativa”, comentou Garcia.
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