Mulher é presa com 4,5 quilos de ‘skunk’ durante a ‘Operação Força Verde’
Mulher havia chegado de Santarém (PA). Ela desembarcou no porto de Santana. A ‘mula’ usou a filha, de 2 anos, para tentar ludibriar os policiais.

Elden Carlos
Editor-chefe
Uma mulher identificada como Gelcilene Silva de Sousa, de 24 anos, foi presa em flagrante na madrugada de sexta-feira (15) com 4,5 quilos de ‘skunk’, ou supermaconha, como é conhecida a droga, ao desembarcar de um navio no Porto do Grego, em Santana. A embarcação havia saído da cidade de Santarém (PA), de onde a mulher é natural. Ela estava acompanhada da filha, de 2 anos.
A prisão ocorreu durante a Operação Força Verde, deflagrada pelo Batalhão Ambiental (BA) com apoio do canil do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM). Segundo o major Wilkson, que comandou a operação, o objetivo é intensificar o patrulhamento em regiões portuárias de Macapá e Santana para coibir uma série de crimes, inclusive, o tráfico interestadual de drogas.
“Houve um planejamento operacional e reforçamos as ações nessas áreas. Sabemos que as organizações criminosas se valem dessas regiões portuárias para tentar entrar com os carregamentos de drogas, mas esse combate está sendo intensificado. Essa mulher estava transportando a droga em uma mala. Ela usou a filha para tentar desviar a atenção, mas a perspicácia dos policiais identificou o nervosismo dela ao se deparar com as equipes, então, foi feita a abordagem. Ela foi usada como ‘mula’ para o transporte dessa droga”, disse o major Wilkson, que é subcomandante do BA.
O cão farejador do Bope ainda localizou várias porções de cocaína que foram abandonadas em um dos cômodos do navio. A polícia acredita que o responsável pelo entorpecente descartou o produto ao perceber a movimentação.
Em depoimento na delegacia, Gelcilene disse que há cerca de dois meses conheceu, em Santarém, um amapaense chamado ‘Henrique’, e que eles iniciaram um relacionamento amoroso. Henrique – há uma semana – teria dito que passaria a morar em Macapá, no bairro Araxá, e convidou Gelcilene para morar com ele.

Ela afirmou que um dia antes da viagem para o Amapá, ela fez a mala e deixou na casa do suposto companheiro, e acredita que ele tenha escondido a droga. A investigada foi adiante e garantiu que um homem, que ela não conhece, iria buscá-la no porto, para levá-la até o novo endereço. Mas, as declarações, segundo a polícia, são desencontradas.
A filha de Gelcilene foi entregue para o Conselho Tutelar. Em audiência de custódia, a mulher foi posta em liberdade pelo juiz João Matos, no plantão do Fórum de Santana. Ele aplicou as condicionantes para conceder a liberdade provisória como: comparecer mensalmente em juízo para justificar suas atividades, com a primeira apresentação em 30 dias; proibição de ausentar-se da Comarca de Macapá, por mais de 7 dias, sem autorização prévia do juízo competente para o processamento da causa; Recolher-se em sua residência durante os dias úteis das 19h às 06h e integralmente nos finais de semana e feriado, ressalvada a hipótese para realizar trabalho lícito devidamente comprovado.
Reportagem e fotos: Jair Zemberg
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