Polícia

Operação da PF reprime tráfico de drogas sintéticas em Macapá

Durante o cumprimento dos mandados, um militar da reserva, que não era alvo da operação, foi atingido com um tiro na cabeça.


Da Redação

Na manhã desta quarta-feira (22), a Polícia Federal, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (GAECO/AP) e com apoio da Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) e Equipes do BOPE, deflagrou uma operação em repressão ao tráfico de drogas sintéticas em Macapá.

A Operação Desativado reprime os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, associação criminosa e lavagem de capitais. Durante a operação, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão preventiva.

Os mandados de busca e apreensão foram executados nos bairros Novo Buritizal, Universidade, Julião Ramos, Infraero I, Pantanal e Pacoval, além de uma empresa e três no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN).

A operação Desativado é decorrente da Operação Delivery, deflagrada em 9 de outubro do ano passado, pela Polícia Federal e GAECO – MP/AP, cuja investigação reprimiu o tráfico de drogas praticado por um grupo que se utilizava de redes sociais para a venda de drogas, principalmente sintéticas, e as entregava em residências, bares, festas e até em escolas.

Da mesma forma que os investigados na Delivery, os envolvidos da Desativado se valiam de redes sociais e aplicativos de mensagens para divulgar e comercializar diferentes tipos de entorpecentes.

Após análise dos elementos daquela investigação, a PF e o GAECO identificaram um grupo criminoso, alvo da ação de hoje, que eram denominados de “ativados” na estrutura da organização. Cada investigado possuía uma função dentro do grupo, dentre as quais: armazenamento, distribuição, transporte e comercialização.

A PF e GAECO ainda encontraram indícios que um dos investigados, proprietário de empresa de produtos veterinários, se utilizava da facilidade de acesso às substâncias com uso controlado pela Anvisa, para fornecê-las, indevidamente, para a organização criminosa, cuja matéria prima destinava-se à preparação de droga sintéticas.

Policiais federais ainda tiveram acesso a documentos que comprovam a movimentação de dezenas de milhares de reais entre contas bancárias dos indivíduos, por meio de transferências. A justiça ainda ordenou o bloqueio de valores nas contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados.

Os delitos apurados até o momento são tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de capitais. As penas somadas, em caso de condenação, podem chegar a 42 anos de reclusão.

 

Apuração
A reportagem do Diário flagrou nas primeiras horas desta quarta (22), um acidente de trânsito no cruzamento das ruas Eliezer Levy e José Tupinambá, no Laguinho, onde uma ambulância do Corpo de Bombeiros, que transportava um paciente para o HE, colidiu com um carro de passeio.

A reportagem apurou que o paciente transportado tratava-se de um PM da reserva que reagiu à ação dos policiais federais durante o cumprimento de um mandado em residência no bairro Infraero I, zona norte da capital.

Segundo o Ciodes, o Centro foi acionado por um delegado da PF sobre a troca de tiros e pediu reforço de equipes do Bope. No revide dos policiais federais, o militar foi alvejado com um tiro na cabeça. Os familiares alegaram que a reação foi em razão do militar achar que se tratava de assalto em sua residência.

Após o acidente, uma outra ambulância prestou apoio à equipe envolvida e levou o militar da reserva para o HE, onde ele recebeu atendimento médico. A PF destacou que o militar não era o alvo da Operação, e sim outro morador da residência.

Durante coletiva de imprensa com a PF e a PMAP, foi informado que o militar encontra-se internado no HE recebendo cuidados médicos.

Fotos: PF/AP e Diário


Deixe seu comentário


Publicidade