Operação prende suspeitos de repassar drogas, armas e celulares para dentro do Iapen
Um homem e uma mulher foram presos durante a segunda fase da Operação Calabar. Policial penal era responsável pelo recebimento e repasse do material para dentro do presídio.
Elden Carlos
Editor-chefe
Um homem, de 31 anos, e uma mulher, de 33 anos, foram presos preventivamente nesta terça-feira (09) nos bairros Nova Jerusalém e Renascer, zona norte de Macapá, durante a segunda fase da Operação Calabar, que investiga uma rede criminosa responsável pelo envio de drogas, celulares e armas para dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
A operação foi deflagrada pela Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), da Polícia Civil, sob comando do delegado Stéfano Santos. Além das prisões, foram apreendidos diversos aparelhos eletrônicos e documentos.
De acordo com o presidente do inquérito, ficou evidenciando na primeira fase da operação o envolvimento de um policial penal que era responsável por repassar os materiais ilícitos para dentro da cadeia pública. Ele foi preso em agosto deste ano no setor de monitoramento do Iapen, onde está lotado. Um interno responsável por receber e distribuir drogas, celulares e armas também recebeu voz de prisão dentro da cadeia.
As investigações revelaram que o policial penal recebia altos valores de uma facção criminosa para operar o sistema e que ele mantinha um padrão de vida de ostentação, o que não condizia com o salário recebido como servidor público.
A partir da prisão do policial penal, foram identificadas outras pessoas envolvidas no crime, e que atuavam fora do presídio. “A partir dessas novas prisões, vamos substanciar as investigações para identificar outros possíveis envolvidos. Eles integram uma facção que vinha operando o esquema na cadeia com auxílio direto de um servidor público. O trabalho continua para combater essa prática”, disse o delegado.
Imagens: Divulgação/Lucas Brito/PC
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