Polícia

Operações Alcatraz e Panoptes combatem fraudes previdenciárias no Amapá

O prejuízo estimado causado ao erário é de R$ 38 milhões


A Polícia Federal liberou informações acerca das Operações Alcatraz e Panoptes, deflagradas na sexta-feira (7) para desarticular organização criminosa especializada em fraudes à Previdência Social, no Estado do Amapá. A ação decorreu de trabalho em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).

Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão em Macapá, para apurar o envolvimento de servidores do Instituto de Administração Penitenciaria do Amapá (IAPEN) nos crimes investigados.

A investigação apontou que alguns servidores foram corrompidos, auxiliando na movimentação ilegal de custodiados no interior da penitenciária, de acordo com os interesses da organização criminosa, bem como intermediando com a confecção de parecer favoráveis no conselho penitenciário estadual, para fins de indulto, comutação e outros.

A operação foi um desdobramento da operação Ex Tunc, iniciada em 2016, que apura a existência de uma organização criminosa composta, inclusive, por servidores públicos, voltada para a realização de diversas fraudes no âmbito da execução penal de custodiados do IAPEN, sobretudo para obtenção de benefícios indevidos de auxílio-reclusão junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O prejuízo estimado causado ao erário, de acordo com o conjunto das investigações, é de R$ 38 milhões.

No mesmo dia, também foi deflagrada outra operação da Polícia Federal, em simultaneidade com a Alcatraz, visando a melhor instrução das investigações criminais.

Os investigados poderão responder, na medida das suas responsabilidades, pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, favorecimento real e organização criminosa, e, se condenados, poderão cumprir pena de até 29 anos e 3 meses de reclusão. Um dos investigados estava sendo monitorado e sua prisão ocorreu no domingo (9), no Aeroporto Internacional de Macapá.

 

PANOPTES  
No mesmo dia a Polícia Federal deflagrou a Operação Panoptes, para desarticular organização criminosa especializada em fraudes à Previdência Social, no estado do Amapá. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão em Macapá, sendo um na residência e outro no local de trabalho do investigado.

Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido no Tribunal de Justiça do Amapá – TJAP, onde o servidor investigado desenvolvia suas funções, fornecendo informações privilegiadas a outros membros da organização criminosa, sem qualquer relação com as atribuições desta instituição. O Diário do Amapá apurou se tratar de Sebastião Barros Roque Júnior.

Os investigados poderão responder, na medida das suas responsabilidades, pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, favorecimento real e organização criminosa, e, se condenados, poderão cumprir pena de até 29 anos e 3 meses de reclusão.


Deixe seu comentário


Publicidade