Polícia

PC indicia servidores que usaram diplomas falsos para tomar posse em cargos públicos

Uma mulher que tomou posse como professora e um homem que foi empossado agente penitenciário foram identificados nas investigações. Eles usaram diplomas falsos para assumir os cargos após concurso público.


Elden Carlos
Editor

 

O delegado Rogério Campos, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Fazenda Pública (DEFAZ), indiciou nessa quarta-feira (11) dois servidores públicos pelos crimes de estelionato agravado, falsificação de documento público e particular, falsidade ideológica e uso de documento falso.

Segundo o delegado, eles utilizaram diplomas falsos para tomar posse em cargos públicos como professora de educação especial e agente penitenciário. O presidente do inquérito revela, ainda, que as fraudes ocorreram entre os anos de 2012 e 2013. O esquema foi descoberto durante a investigação que apurava denúncias da existência de uma organização criminosa especializada em fraudar concursos públicos no Amapá.

“Ainda estamos aprofundando as investigações sobre as supostas fraudes ocorridas em alguns concursos públicos realizados no Amapá, a exemplo dos certames da Companhia Docas de Santana, Iapen, Ueap, Sesc e Senac. Porém, em razão de algumas diligências, já identificamos que esses dois servidores se utilizaram de documentos falsos para comprovar a escolaridade mínima exigida para a posse nos cargos públicos efetivos de professor [educação especial] e agente penitenciário”, explica o delegado.

O presidente do inquérito relatou que em caso de condenação, os investigados poderão pegar penas de até 18 anos de prisão, somados os crimes, além de responderem processo administrativo disciplinar e de ação de improbidade administrativa, o que levará à perda da função pública.

“A posse só foi possível mediante apresentação dos documentos falsos entregues à Secretaria de Estado da Administração. Eles tinham como propósito específico, ludibriar a administração estadual para obter ilicitamente a remuneração decorrente dos cargos públicos. Estimasse um prejuízo de R$ 800 mil aos cofres públicos”, concluiu Rogério Campos. Os servidores não tiveram os nomes divulgados.
Imagem: Divulgação/PC


Deixe seu comentário


Publicidade