Polícia

PC localiza menino levado pelo pai após decisão judicial que concedeu guarda definitiva à mãe

João Conrado, de 42 anos, fugiu com o filho, de 7 anos, após saber que a justiça paraense havia concedido a guarda definitiva do menino à mãe, Silvana Ranieri, que veio ao Amapá em busca do menino.


Momento em que mãe reencontra o filho

Elden Carlos e Rodrigo Silva
Da Redação

 

A busca desesperada da corretora de imóveis, Silvana Ranieiri Pinheiro, de 36 anos, pelo filho João Ranieiri Nogueira, de 7 anos, terminou de forma positiva na manhã desta terça-feira (18), depois que o pai do garoto, João Conrado Vasconcelos Nogueira, de 42 anos, foi localizado em uma residência no bairro Marabaixo I, Zona Oeste de Macapá.

O pai havia desaparecido com o menino há uma semana, tão logo tomou conhecimento de uma decisão judicial, decretada pelo Tribunal de Justiça do Pará, que assegurou à mãe a guarda definitiva de João Ranieri. Silvana, que mora em Belém (PA), havia desembarcado no Amapá durante o último final de semana.

De acordo com o delegado Fábio Araújo, diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), houve uma ação conjunta e várias delegacias foram mobilizadas para localizar o paradeiro de pai e filho.

Silvana, já em Macapá, procurou a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes praticados Contra Criança e Adolescente (DERCCA). “O delegado Ronaldo Entringe, da DERRCA, iniciou as investigações e contamos com apoio da 10ª DP, através do delegado Júlio César, e de outras unidades, já que o caso gerou clamor social. O pai se evadiu do endereço fixo tão logo soube da decisão. Ele alugou uma casa no bairro Marabaixo I, onde estava homiziado há uma semana. Fizemos vários levantamentos, inclusive, montando campana. Hoje, conseguimos a confirmação do local onde houve o cumprimento da ordem judicial de busca e apreensão do menor”, disse Fábio Araújo.

Segundo o delegado Ronaldo Entringe, Conrado não ofereceu nenhum tipo de resistência. “Ele recebeu as equipes sem nenhuma alteração. Durante depoimento ele declarou que apenas temia que a ex-companheira fizesse na verdade o que ele fez, ou seja, desaparecesse com o menino. Ele foi ouvido e colocado em liberdade, mas foi lavrado um termo circunstanciado e ele vai responder pelo crime de sonegação de incapaz”, afirmou.

Silvana, emocionada, disse que só quer pegar o filho e voltar para casa. “Foram momentos angustiantes. Agora, só tenho o sentimento de agradecimento a todos que se uniram nessa busca pelo João. Vou pegar meu filho e voltar pra casa. Posso garantir que foram duas vitórias; uma em Belém, com a decisão judicial, e a outra aqui, o reencontrando. Gratidão a todos, gratidão”, declarou.

ENTENDA O CASO
A corretora de imóveis, Silvana Ranieri Pinheiro, de 36 anos, deixou o bairro Nazaré, em Belém (PA), e desembarcou em Macapá (AP), na semana passada, em busca de informações que pudessem levar ao paradeiro do filho dela, João Ranieri Nogueira, de 7 anos, que foi levado pelo pai, João Conrado Vasconcelos Nogueira, de 42 anos, logo após a juíza Margui Gaspar Bittencourt, da 1ª Vara de Família de Belém, conceder, no dia 6 de maio passado, a guarda unilateral da criança à mãe.

Em entrevista exclusiva na manhã desta terça-feira (18), ao programa radiofônico LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM), a irmã de Silvana, Giovanna Ranieri, que está em Madri (Espanha), relatou que o pai tinha a guarda provisória do garoto a um ano e meio, e que em janeiro deste ano, sem comunicar a mãe ou a justiça paraense, ele veio para o Amapá.

“Minha irmã soube apenas depois que o ex-marido tinha viajado para o Amapá. Ela ainda conseguiu, após muita insistência, fazer uma vídeochamada, no mês de abril, onde conversou com meu sobrinho. Ocorre que após saber da decisão da justiça, o pai desapareceu com o João sem deixar rastros”, declarou Giovanna.

Silvana, assim que conseguiu a guarda definitiva, veio para Macapá buscar o filho, mas descobriu que o pai havia desaparecido com a criança. A mãe declarou que o oficial de justiça foi ao endereço onde João Conrado estava residindo com o garoto, mas ele não foi localizado. Ela descobriu ainda que o homem havia pedido licença do atual emprego.

Diante do sumiço, a mãe procurou, no dia 14 de maio, o Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp), Pacoval, onde registrou uma ocorrência de desaparecimento de pessoa. Ela também procurou a Delegacia Especializada de Repressão ao Crimes praticados Contra Criança e Adolescente (DERCCA), onde o inquérito foi tombado.

Imagens: Joelson Palheta/DA

 

https://youtu.be/c8gnZKDFHlU


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