Perito diz que ocorrência que deixou 3 mortos em Santana será reconstituída em computação gráfica
Defesa dos seis policiais militares questionou trabalho da Polícia Civil, afirmando não ter acesso ao inquérito e material relacionado ao caso registrado na noite de 10 de setembro deste ano.

Elden Carlos
Editor-chefe
A defesa dos seis policiais militares envolvidos na intervenção registrada na noite de 10 de setembro no bairro Fonte Nova, em Santana, que resultou na morte de um suspeito de integrar uma facção criminosa e nas mortes dos trabalhadores Rafael Almeida Ferreira, de 19 anos, e o padrasto dele, Helkison José da Silva Rosário, de 39 anos, que ficaram no meio do fogo cruzado, questionou durante entrevista coletiva, na manhã desta quinta-feira (18), o trabalho de investigação, afirmando não ter tido acesso ao material e informações constantes no inquérito tombado pela Polícia Civil.
“Estranhamento nunca tivemos [como defesa], acesso aos vídeos que estão em posse do delegado que preside o caso. As testemunhas, por exemplo, são nomeadas como 1,2,3,4,5…nunca colocando o nome delas, então, alguma coisa está errada nessa investigação. Então, será que essa investigação é para incriminar e forjar provas contra Polícia Militar? Ou é buscar a verdade do que realmente aconteceu”, disse o advogado Cícero Bordalo Júnior durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (18).
O perito criminalista Ricardo Molina, que na tarde de quarta-feira (17) comandou uma reprodução simulada no local da ocorrência, declarou apenas que todo material coletado [vídeos, medições, depoimentos e outras peças importantes] serão juntados dentro de um trabalho de computação gráfica que será coordenado por ele.
“Infelizmente a defesa não tem acesso, por exemplo, ao laudo pericial de local de morte violenta. Esse laudo, feito na noite da ocorrência, é fundamental para tentarmos entender inicialmente a dinâmica dos fatos. Como não conseguimos, realizamos a reprodução simulada com base em depoimentos de testemunhas e envolvidos. Iremos realizar um trabalho por meio de computação gráfica que poderá nos dar uma melhor e fidedigna visão de como tudo aconteceu, podendo responder às muitas perguntas sem respostas que estão no ar”, declarou Molina.
Reportagem e fotos: Jair Zemberg
https://youtu.be/3ZcoVkX1z5w
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