PF deflagra operação de combate a fraudes no seguro-defeso no Amapá
Servidor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) foi alvo da operação nesta sexta-feira (16), em Macapá. Ele agia em conluio com o presidente de uma associação de pescadores.

Elden Carlos
Editor-chefe
A Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (16), em Macapá, durante a segunda fase da Operação Stargazer, que investiga e reprimi ações de um grupo suspeito de fraudar o seguro-defeso, pago pelo governo Federal. Este benefício é garantido aos trabalhadores que vivem da pesca, no período em que eles não podem exercer suas atividades para fins de proteger as espécies.
O alvo da operação desta sexta-feira foi a residência de um servidor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). De acordo com a PF, documentos apreendidos na primeira fase da operação, deflagrada em dezembro de 2019, indicaram que, possivelmente, o servidor atuou conjuntamente com membros de uma colônia de pescadores para desviar recursos do seguro destinando a pessoas que não teriam direito a recebê-lo.
As investigações apontaram que o presidente da colônia de pescadores, alvo da primeira fase da operação, recrutava, com apoio de seus filhos, pessoas que não trabalhavam como pescadores para inserir seus nomes nos sistemas do governo.
Com isso, indivíduos sem nenhum tipo de vínculo com a pesca passavam a receber indevidamente o seguro. Nas análises de material arrecadado pela Polícia Federal na primeira fase da operação, foram identificadas conversas entre servidor do MAPA e pessoas que estavam sob investigação.
Nos diálogos, ficou comprovado que o agente público vazava informações confidenciais de pessoas cadastradas nos sistemas. Os crimes investigados são de estelionato majorado, advocacia administrativa (no caso do servidor do MAPA) e associação criminosa.
Nome da operação
A Polícia Federal esclarece que ‘Stargazer’ é um peixe venenoso que se enterra na areia ou lama para surpreender suas presas, numa ação que remonta à forma ardilosa com que as pessoas investigadas atuam.
Imagem: Divulgação/PF
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