PF deflagra segunda fase da Operação Terras Caídas e prende servidor do Incra e empresário
De acordo com a PF, no decorrer das investigações, ficou constatado a inserção de dados falsos de imóveis rurais pertencentes à União no SIGEF, atribuindo-os a particulares.

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (28) a segunda fase da Operação Terras Caídas com objetivo de desarticular organização criminosa especializada em regularizar terras invadidas da União, atuante desde 2013 no estado do Amapá. A ação é resultado de trabalho em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).
Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva na cidade de Macapá, sendo que um dos alvos é servidor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Amapá (INCRA/AP) e o outro, um empresário responsável pelos registros inidôneos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF).
O Diário do Amapá apurou que os presos foram Enéas dos Santos Raiol (servidor do Incra) e o empresário Marcos Paulo Bertolo, que tem passagem pelo estado de Rondônia, onde aparece como sócio da Terra Engenharia Soluções Ambientais Sustentáveis Ltda e da M. P. Bertolo Engenharia Eireli.
De acordo com a PF, no decorrer das investigações, ficou constatado a inserção de dados falsos de imóveis rurais pertencentes à União no SIGEF, atribuindo-os a particulares. Posteriormente, eram feitos os procedimentos de regularização fundiária junto ao INCRA com dados ideologicamente falsos. Os investigados irão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos c rimes de inserção de dados falsos no sistema de informações, falsidade ideológica, organização criminosa e invasão de terras públicas da União. Se condenados, as penas poderão chegar a 28 anos de reclusão.
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