PF investiga desvio de ‘kits intubação’ para pacientes com a Covid-19 no Amapá
Servidores da Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) são alvos da operação deflagrada nesta sexta-feira (07), em Macapá.

A Polícia Federal (PF) cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (07), em Macapá, durante a Operação Anestesia, que apura denúncias de desvios de medicamentos sedativos e bloqueadores neuromusculares dentro da Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF). A operação contou com apoio do Ministério Público Federal (MPF).
Entre os alvos estão o Centro Covid HU e a própria sede da CAF, no bairro São Lázaro. Residências de servidores públicos também foram vasculhadas durante a operação. Segundo a PF, na casa de uma servidora da Central de Abastecimentos foram apreendidos diversos insumos hospitalares como luvas, máscaras, álcool, e medicamentos destinados exclusivamente para utilização na rede pública, sendo proibida a venda no comércio em geral. Além disso, também foi apreendida a quantia de aproximadamente R$ 5 mil reais.
Investigação
De acordo com a Polícia Federal, a investigação iniciou a partir de denúncias que apontaram possível desvio dos medicamentos enviados ao estado pelo Ministério da Saúde. Esses insumos compõem o ‘kit intubação’, utilizado em pacientes agravados pela Covid-19. Com o alastramento da pandemia a demanda cresceu e os insumos acabaram desaparecendo da rede pública.
O cruzamento de dados revela que servidores da CAF estariam registrando o envio de medicamentos como Fentanila; Morfina; Dextrocetamina; Propofol; Atracúrio e Rocurônio, ao Centro Covid HU, mas, apesar da saída, os produtos não chegavam ao destino, configurando o desvio.
Também são apuradas denúncias de que servidores do Centro Covid HU estariam fazendo a indicação, aos parentes de pessoas internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de farmácias especializas na venda desses medicamentos, sugerindo um ‘jogo de cartas marcadas’.
Se confirmadas as denúncias, os envolvidos poderão responder por peculato e organização criminosa, com penas que alcançam 20 anos de reclusão.
Imagens: Divulgação/PF
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