PF investiga esquema de contrabando de ouro e lavagem de dinheiro em Oiapoque
Durante trabalho investigativo foram identificadas transferências expressivas de joalherias de diversos estados para um posto de combustível no município

Na manhã desta quinta-feira, 4, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Cartucho de Midas com o objetivo de desarticular um esquema criminoso envolvendo contrabando de ouro, corrupção e lavagem de capitais.
A ação deu cumprimento a 13 mandados de busca e apreensão nos municípios de Macapá e Oiapoque, no Amapá, e no estado do Rio de Janeiro, além do afastamento cautelar de dois servidores da Polícia Civil do Amapá. Mais de R$ 1 milhão em espécie e cerca de 25 mil euros foram apreendidos em um dos locais de busca. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de uso restrito.
As investigações tiveram início após a identificação de movimentações bancárias atípicas e incompatíveis com a renda formal dos investigados, indicando a possível atuação de empresários e agentes públicos na região de fronteira para ocultar valores ilícitos.
Durante o trabalho investigativo, a PF identificou transferências expressivas realizadas por joalherias de diversos estados para um posto de combustíveis localizado em Oiapoque. Em seguida, o estabelecimento teria repassado recursos a um agente público lotado no município, levantando fortes indícios de ocultação e dissimulação de ativos provenientes do comércio ilegal de ouro.
Os policiais também encontraram elementos que apontam movimentações superiores a R$ 4,5 milhões por parte de servidores sem justificativa econômica plausível, bem como a utilização de empresas de fachada para lavar recursos ilícitos.
Os investigados poderão responder por diversos crimes, incluindo corrupção passiva, lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa e peculato. Caso condenados, as penas podem ultrapassar 60 anos de reclusão. A operação contou com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Estado do Amapá no cumprimento dos mandados judiciais.
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