Polícia

PF investiga fraude em candidaturas femininas nas eleições de 2020 no Amapá

Operação Cilada, deflagrada nesta segunda-feira (14) pela PF, cumpriu três mandados de busca e apreensão nos municípios de Itaubal e Macapá.


Elden Carlos
Editor-chefe

A Polícia Federal (PF) cumpriu três mandados de busca e apreensão na manhã desta segunda (14) nos municípios de Itaubal do Piririm e Macapá, durante a Operação Cilada, que busca reprimir crimes de falsidade ideológica eleitoral e apropriação indébita de recursos eleitorais no pleito de 2020.
Os alvos da operação foram residências de investigados no esquema. Dois mandados forram cumpridos na capital. A investigação teve início após a apresentação à Polícia Federal de uma notícia-crime feita pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que revelava um esquema fraudulento para preenchimento de cota feminina e apropriação indébita de recursos que deveriam ser empregados na campanha.

De acordo com a PF, um dos investigados conseguiu os documentos de uma mulher para lançá-la como candidata nas eleições de 2020. O objetivo, seria atingir a cota de participação política de mulheres no pleito. O investigado ofereceu dinheiro para que a mulher concordasse com o esquema. No entanto, as investigações apontaram que os dados informados para registro de candidatura junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP) eram de outra pessoa. A mulher investigada afirma que não foi candidata e não fez nenhum ato de campanha. Em continuidade às investigações, observou-se que ela não teve um voto sequer e nem apresentou prestação de contas, o que é comum em casos dessa natureza, configurando os crimes investigados.
Os envolvidos responderão por falsidade ideológica eleitoral e apropriação indébita de recursos eleitorais, com penas que podem chegar a onze anos de reclusão. Cilada é uma referência à forma ardil que se utiliza para conseguir candidaturas femininas em casos como o investigado pela PF.

Imagens: Divulgação: PF


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