Polícia

Polícia Civil conclui inquérito sobre assassinato da cabo Emily

Dados do caso serão revelados nesta sexta-feira (24) durante coletiva na sede da DECCM, às 10h da manhã


Cabo Emily foi morta com três tiros de pistola

A Polícia Civil concluiu o inquérito que apura o assassinato da cabo da Polícia Militar do Amapá, Emily Karine de Miranda Monteiro, de 29 anos, morta com três tiros de pistola no dia 12 deste mês no interior do apartamento familiar onde ela morava, no bairro Pacoval, zona norte de Macapá.

 

O soldado da PM, Kássio de Mangas dos Santos, de 29 anos, confessou o crime dois dias após o assassinato. Ele está preso no Centro de Custódia do Zerão. Kássio Mangas e a vítima tiveram uma relação conjugal de dois anos, mas ele não estaria aceitando o fim do relacionamento.

 

O detalhamento do caso será dado nesta sexta-feira (24) durante entrevista coletiva na sede da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) onde a delegada Sandra Dantas presidiu o inquérito. Também participaram da entrevista as delegadas Katiuscia Amaral e Janeci Monteiro.

 

Fim de relacionamento
A delegada Sandra Dantas, presidente do inquérito, declarou que as investigações revelam que Emily já vinha tentando pôr fim ao relacionamento há cerca de seis meses. Ela e o policial tiveram uma convivência conjugal de cerca de dois anos. Na manhã de domingo (12) ela teria finalmente decidido pela separação definitiva. Segundo Sandra Dantas, Kássio deixou o imóvel por volta de 10h30, aparentemente tendo concordado com a separação.

Delegada Sandra Dantas presidiu inquérito

 

“No final da tarde ele retornou à residência onde permaneceu por cerca de 50 minutos. O cenário que encontramos foi de total violência. A vítima foi morta de forma cruel. Ela sofreu várias agressões antes de ser baleada”, descreveu a delegada.

 

Durante pesquisa no sistema da DECCM foi descoberto que o policial Kássio Mangas, que tem dez anos de corporação, já havia ameaçado de morte duas outras ex-namoradas, sempre com emprego de arma de fogo. Os boletins foram registrados nos anos de 2008 e 2016. Uma dessas seria outra policial militar com quem ele manteve um relacionamento amoroso.

Soldado Kássio Mangas confessou o crime e está preso

 

“Já existe um histórico de agressão. Lamentavelmente houve essa tragédia. Ele será indiciado por feminicídio”, disse a delegada no dia da prisão do soldado.

 

Reportagem: Elden Carlos
Fotos: Divulgação


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