Polícia

Polícia Civil cria força-tarefa para combater delitos praticados durante epidemia

Pessoas mal intencionadas estão aproveitando o momento de fragilidade da população para tirar vantagem, mas estão incorrendo em crimes graves com pena de prisão de até 15 anos.


Cleber Barbosa
Da Redação

O delegado-geral de Polícia Civil do Amapá, Antônio Uberlândio, foi ao rádio nesta terça-feira (24) falar sobre o crescimento de algumas modalidades de crimes e delitos em pleno período de epidemia do novo Coronavírus, o Covid-19. Falando ao programa Café com Notícia, na rádio Diário FM (90,9) o policial disse que devido ao fechamento do comércio e a redução da circulação de pessoas nas ruas, infelizmente bandidos estão migrando para outras práticas delituosas.

Entre essas práticas, a venda de produtos falsos para o combate à proliferação do vírus, bem como a prática de crimes econômicos, como a elevação descontrolada do preço de produtos em empreendimentos especializados, como farmácias e mercantis. “Nós inclusive reforçamos a nossa Delegacia do Consumidor, pois a prática de preços abusivos é muito grande bem como a ocultação de produtos de higienização que servem para conter o avanço dessa pandemia ocorrem demais também”, disse.

O delegado-geral também disse que três farmácias chegaram a ser fechadas em operações policiais por praticarem preços absurdos, bem como obtiveram determinação judicial para adentrarem em todas as farmácias para proceder a fiscalização. “A população não pode ser saqueada covardemente no momento em que ela mais precisa. Então fica aqui o nosso recado, quem estiver praticando crimes dessa natureza, aproveitando um momento de fragilidade social que seja denunciado, pois a comunidade pode contar com a Polícia Civil que nós estamos vigilantes”, disse Uberlândio.

A propósito, durante o dia ele disse que foram feitos dois flagrantes de vendedores ambulantes comercializando um suposto kit de proteção ao coronavírus, porém com uma grotesca manipulação do álcool de 46% envazado em outro recipiente que acusava na embalagem ser o de 70%. “Essas pessoas incidiram no artigo 273 do Código Penal, cuja pena prevista vai de 10 a 15 anos de prisão, o que pode parecer um apena exacerbada, mas que é a lei e que serve de exemplo a quem pensa poder tirar vantagem num momento tão delicado como esse”, disse o chefe da Polícia Civil, que confirmou terem sido essas pessoas autuadas em flagrante e conduzidas à delegacia onde aguardam decisão judicial.

Por fim, ele elogiou a atitude da maior parte da população amapaense e colocou à disposição de todos o telefone do Disk Denúncia da Polícia Civil do Amapá, pelo número (96) 99102-0979.


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