Polícia Civil e Detran prendem suspeitos de fraudar emissão de CNH
Foram 75 carteiras de habilitação emitidas de forma fraudulenta em 2020. Cinco mandados de prisão preventiva foram expedidos.
Lana Caroline
Da Redação
Em conjunto com a Polícia Civil do Amapá, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AP) cumpriu, nesta segunda-feira (26), cinco mandados de prisão preventiva contra suspeitos de integrar um esquema que atuava na fraude em emissão de carteiras de habilitação. Entre os investigados está uma agente pública que atuava no Detran/AP e um suspeito, apontado como “cooptador” do esquema, que reside em Balneário Camboriú (SC).
Segundo o diretor-presidente do Detran-AP, Inácio Maciel, há quase um ano o órgão já vem investigando essas práticas, através de denuncias feitas pela Corregedoria da instituição.
“Estávamos nessa apuração há quase um ano, foi quando recebemos denúncias através da Corregedoria do Detran, em agosto de 2020. Através da Corregedoria instauramos procedimento administrativo e demos início as investigações. Fizemos auditoria no sistema e detectamos que havia indícios fortes de fraude na emissão de alguns documentos. De 2015 até 2019, cerca de 400 carteiras foram fraudadas”, afirmou o diretor.
Esta ação é um desdobramento da operação Carta Fria, que foi deflagrada em dezembro de 2020, após denúncia protocolada junto à Corregedoria do Departamento e investigação interna do órgão, que apontou um “braço” dentro da instituição.
Foram 75 carteiras de habilitação emitidas de forma fraudulenta em 2020, todas para brasileiros, falsamente identificados como estrangeiros e com dados fraudados inseridos pela funcionária responsável pelo setor de registro.
“Existem duas frentes em relação as pessoas que obtiveram a CNH falsa. A primeira é o procedimento administrativo com relação a obtenção do documento e a validade dele. Vamos cancelar todos. Os que permanecerem na nossa base, serão cancelados por aqui. Os que não estão, vamos contar com o apoio do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), que vai informar o Detran de cada estado para apurar onde essas carteiras estão e realizar o cancelamento. Existe também o viés criminal, pois essas pessoas cometeram crime irão responder pelos atos que praticaram com essa organização criminosa”, explicou Inácio.
Os envolvidos podem responder por participação em organização criminosa, falsidade ideológica e corrupção passiva e ativa.
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