Polícia Civil indicia grupo que fazia falsa venda de materiais de construção
A vítima efetuava o pagamento aos criminosos, mas no momento da entrega do produto descobria com as verdadeiras empresas que o pagamento não foi efetivado

Nesta quinta-feira (03), a Polícia Civil do Amapá, por meio da 9ª Delegacia de Polícia da Capital, após conclusão de inquérito policial, indiciou quatro pessoas pelos crimes de fraude eletrônica e associação criminosa.
De acordo com o Delegado Nixon Kenedy, “trata-se de um grupo criminoso que se especializou em uma modalidade de estelionato de forma eletrônica. Nele, os infratores se passando por empresas de materiais de construção e depósitos, faziam anúncios fraudulentos em redes sociais com preços convidativos, e a partir disso, várias vítimas entravam em contato e faziam tratativas e negociações por aplicativos de mensagem, e fizeram encomendas de materiais”.
Os golpistas mantinham contato direto com empresas idôneas do setor, dando continuidade ao golpe, sem que estas soubessem.
“A compra era encaminhada para a casa da vítima, pois os infratores simultaneamente entravam em contato com empresas de materiais de construção idôneas para que os materiais fossem entregues, e o compromisso era de que, quando houvesse a entrega, estas receberiam o pagamento”, explicou o delegado.
Sem saber do golpe, a vítima diante do caminhão de materiais efetuava o pagamento, mas não na conta da empresa, e sim do infrator. Como a empresa não constatava a efetivação do pagamento, o material não era descarregado e a vítima experimentava um prejuízo integral em razão dessa conduta fraudulenta.
Ainda segundo o delegado, “esse grupo é composto por pelo menos quatro infratores, sendo que dois deles estão presos no sistema penitenciário e mesmo reclusos continuam praticando crimes, o que deixa a entender que fazem dessa ilicitude um meio de obtenção de ganho ilícito, utilizando contas de pessoas que estão aqui fora, que concorrem e também responderão por obter esses valores”.
Nesse primeiro momento, após vários procedimentos investigativos junto aos bancos e operadoras de telefonia, já foi possível contabilizar um prejuízo para as vítimas no valor de aproximadamente R$ 17 mil.
“Bem como foi possível a identificação desses suspeitos, pois colhemos elementos de autoria e materialidade e formamos um corpo probatório, no sentido de ter certeza de quem pratica, qual o crime está sendo praticado e a gravidade desse grupo, tendo em vista que eles se associaram com divisão de tarefas e com organização mínima para a prática dos crimes e apresentam capacidade lesiva alta”, encerrou o delegado.
Os infratores responderão pelos crimes de fraude eletrônica e associação criminosa.
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