Polícia

Polícia desbarata quadrilha que furtava ‘rodões’ de carros

Rodas compradas por até R$ 10 mil eram negociadas por R$ 800 no mercado negro


Homens do 6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM) sob comando do sargento PM Jorge Sá, desbarataram na madrugada desta quarta-feira, 22, uma quadrilha especializada no furto de rodas de veículos de alto valor comercial. Os ‘rodões’, podem chegar a valores aproximados de até R$ 10 mil, dependendo da marca, aro e outras especificações.

Porem, no mercado negro um jogo de rodas desse nível pode ser negociado por menos de R$ 1 mil. Os jovens presos têm idades entre 17 e 20 anos e são, em sua maioria, de classe média. Segundo o sargento Jorge Sá, já havia várias denúncias sobre a ação dessas pessoas.

“Na madrugada de hoje recebemos uma informação via Ciodes sobre o furto de pneus de um carro estacionado em frente a um imóvel localizado na avenida Marcílio Dias, bairro Jesus de Nazaré. Iniciamos a diligência e na avenida Nações Unidas abordamos o carro dos suspeitos. Inicialmente os jovens negaram, mas logo os menores confessaram ter furtado os pneus”, afirmou o sargento da VTR 5013.

Os elementos levaram os policiais até uma casa no bairro no bairro Santa Rita, zona sul, onde duas rodas foram localizadas. No desdobramento das buscas outros dois aros foram encontrados. “Assim que chegamos ao Ciosp outras possíveis vítimas apareceram e fizeram o reconhecimento das rodas. Um dos menores, inclusive, é reincidente nessa prática”, afirmou o militar.

Modus operandi
O que chamou atenção dos policiais nessa ocorrência foi o fato de os ‘compradores’ encomendarem as rodas que desejavam repassando as características dos veículos e endereço das vítimas.

“Em um dos celulares apreendidos encontramos conversas via Whatsapp onde o comprador repassava fotos e endereços das vítimas. Com essas informações a quadrilha seguia para o endereço, estudava a rotina das vítimas e da própria vizinhança e depois agia. É uma nova modalidade, mas as pessoas que faziam as encomendas certamente serão identificadas pela Polícia Civil e poderão ser, inclusive, incluídas no inquérito por associação ao crime e receptação de produto roubado/furtado”, concluiu.

O sargento afirmou ainda que dois dos suspeitos chegaram a lhe ameaçar na delegacia. “Eles [suspeitos] disseram que eram filhos de advogados conhecidos e que moveriam ações na Corregedoria da PM para nos expulsar. Quer dizer, eles roubam e os criminosos somos nós, a polícia”, desabafou.

Os dois jovens maiores foram apresentados no Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) Pacoval. Os dois menores foram levados para a Delegacia Especializada na Investigação de Atos Infracionais (DEIAI).


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