Polícia

Policiais militares serão levados a julgamento

O Ministério Público contesta a versão dos policiais e afirma que não houve resistência à prisão. O suspeito já estaria rendido quando foi baleado.


A audiência de instrução e julgamento dos quatro policiais militares acusados de matar um criminoso, em Macapá, foi marcada para a próxima sexta-feira, 25, às 8h30, na sala de audiência do Fórum de Macapá. Os PMs estão presos desde o dia 28 de março e aguardam o desfecho do caso no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no bairro Beirol.

 

Durante a audiência, além dos sargentos Adrielson Maia dos Santos e Luiz Carlos Nunes Amaral, e dos soldados Edson Guedes da Silva e Sebastião Santos das Mercês Filho, serão ouvidos o Ministério Público Estadual (MPE), a defesa dos acusados e testemunhas. Em seguida, o juiz deverá anunciar o veredicto: se os militares são culpados ou inocentes.

 

O caso
Na manhã do dia 22 de março, a Polícia Militar foi acionada pelo Centro Integrado de Operações em Defesa Social (Ciodes) para atender a uma ocorrência em uma área de ponte, no fim da Rua Carlos Drummond de Andrade, no bairro Congós, Zona Sul da capital. Segundo a denúncia feita à polícia, Willian Natividade dos Santos, de 27 anos, estava armado.

 


Quando a equipe do 1º Batalhão da PM chegou ao local, o criminoso tentou fugir, mas foi capturado e levado para dentro de uma casa. O elemento morreu depois de, segundo a polícia, ter resistido à prisão e tentado atirar no sargento Adrielson, que revidou.

 

O Ministério Público contesta a versão dos policiais e afirma que não houve resistência à prisão. O suspeito já estaria rendido quando foi baleado. Por isso, pediu a prisão dos militares. O pedido foi aceito e os militares acabaram presos seis dias depois. A prisão preventiva começou a ser cumprida no Centro de Custódia do bairro Zerão.

 

No fim de abril, o juiz Luiz Nazareno Hausseler atendeu pedido da defesa para transferir os quatro policiais para o Quartel do Comando Geral da PM. O advogado Charlles Bordalo, que defende os acusados, afirma que não há provas que incriminem os sargentos Adrielson e Luiz, nem os soldados Guedes e Mercês. Mas, apesar dos argumentos da defesa, os pedidos de liberdade foram negados.

Gilberto Pimentel – www. correiodesantana.com.br
Para o Diário


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