Policial penal é condenado a 24 anos de prisão por homicídio qualificado e lesão corporal
Glauber Trindade, de 32 anos, além da sentença condenatória, também teve a decretação da perda da função pública

O policial penal Glauber Trindade Gibson, de 32 anos, foi condenado a 24 anos e 7 meses de prisão pelo assassinato do promotor de vendas Elison Miranda Cardoso, morto com dois tiros na noite de 27 de janeiro de 2019, durante uma festa na comunidade de Carmo do Macacoari, no município de Itaubal do Piririm, distante 112 quilômetros de Macapá. Elison tinha 26 anos de idade.
Glauber foi julgado pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Ferreira Gomes. O policial penal foi condenado pelo juiz Fábio Silveira Gurgel pelos crimes de homicídio qualificado, motivo fútil e praticado com recurso que dificultou a defesa, além de lesão corporal. A acusação foi feita pela promotora de justiça Samile Alcolumbre, do Ministério Público do Amapá (MP-AP). A defesa foi patrocinada pelos advogados Paulo José Ramos e Anselmo Avila Ramos.
Denúncia
De acordo com a denúncia ofertada pelo Ministério Público, Glauber Gibson, de maneira livre, consciente e voluntária, matou Elison Miranda com dois tiros e ainda feriu com um disparo no joelho Jaqueline Correa Santos. Outra mulher, ferida na coxa, não foi identificada no inquérito policial.
A tese sustentada pela promotora de justiça foi acolhida integralmente pelo Conselho de Sentença. O juiz presidente realizou o cálculo da pena, que a tornou definitiva em 24 anos, 7 meses e 5 dias de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, tendo ainda sido decretada a perda do cargo de agente penitenciário.
Entenda o caso
O policial penal Glauber Trindade Gibson, durante a festividade de São Sebastião, na comunidade de Carmo do Macacoari, em Itaubal, município a 112 quilômetros de Macapá, disparou contra Elison Miranda, morto com dois tiros, e outro disparo também atingiu Jaqueline Correa Santos.
Após alguns dias do crime, Glauber se entregou à polícia, ficando preso preventivamente no Centro de Custódia do Zerão. Ele já tinha uma condenação transitada em julgado por violência doméstica contra a companheira, em 2017, além de outra condenação por disparo de arma de fogo em uma festa no Clube dos Oficiais da Polícia Militar, em 2016, ainda pendente de decisão recursal.
Para a promotora de Justiça o julgamento trouxe o resultado esperado, visto que o condenado possui histórico de violência. “Mais um julgamento importante porque o fato aconteceu em um momento de alegria, durante uma festividade religiosa que chocou os moradores do Carmo do Macacoari, já que ele era um agente da segurança pública, que ao portar arma de fogo no meio de uma multidão, teve um comportamento não desejado. A conduta repercutiu negativamente e resultou na morte de um homem e na lesão corporal de uma mulher, com sequelas graves, ficando com deficiência em uma das pernas. Que esta condenação do ex-agente penitenciário sirva para que ele reflita sobre seu comportamento e procure mudar”, salientou Samile Alcolumbre.
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