Polícia

Prefeito questiona aparato de ação policial na Semed; PC diz que busca seguiu protocolo

Sobre o mesmo assunto, delegado da Polícia Civil diz que aparato foi para resguardar segurança dos agentes que participaram da busca e apreensão e que houve colaboração de servidores.


O prefeito de Macapá, Clécio Luís, se pronunciou, na manhã desta sexta-feira (06) no programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9), sobre a busca e apreensão da Polícia Civil na Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Central de Compras e Licitações da Prefeitura de Macapá, ocorrida na manhã de quinta-feira (05).

Para o gestor da capital, o objetivo da busca e apreensão não exigia que a Polícia Civil usasse todo um aparato gigantesco para ir à Semed e à Central de Compras e Licitações.
O prefeito descreveu que a equipe de policiais, 80% encapuzada, utilizou fuzis, chegando aos locais em várias viaturas. Na avenida Almirante Barroso, onde fica a sede da secretaria, a artéria foi obstruída.

“Não houve operação, mas fizeram crer que houve. Há uma investigação na Polícia Civil, o que apoio, aliás, sou o principal interessado para que tudo se esclareça, mas não tenho como apoiar esse tipo de postura; há alguma coisa por trás”, desabafou o prefeito Clécio Luís.

O gestor ainda disse que ele soube que pela madrugada de quinta-feira, a Polícia Civil informou à imprensa que de manhã cedo iria haver uma ‘megaoperação’ na Prefeitura de Macapá.

“Quer dizer, foi uma coisa planejada. Se a busca e apreensão era para conseguir documentos de 2014 e 2015, eles não poderiam ir procurá-los num órgão criado em 2017, que é a Central de Compras e Licitação. Não sei se isso tem cunho político, mas deixo a pergunta no ar”, pontuou o prefeito, concluindo que a determinação judicial de busca e apreensão foi expedida em 28 de agosto, mas o cumprimento só se deu em 5 de setembro, justamente no dia do desfile cívico organizado pela Prefeitura de Macapá.

 

Outro lado
Em entrevista pelo telefone, no mesmo programa radiofônico, o delegado Rogério Campos, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Fazenda Pública (Defaz), informou que o aparato usado na operação cumpriu rito para resguardar a segurança dos agentes que participaram da ação.

O delegado admitiu que os policiais foram bem recebidos na Semed e na Central de Compras e Licitação da Prefeitura Municipal de Macapá, pelos funcionários, e esclareceu que os documentos buscados são para iniciar investigações sobre utilização de recursos do FNDE para compra de alimentos da merenda escolar no período de 2014 a 2016.

“Fomos em busca de documentos que foram requisitados anteriormente à secretaria, e que não foram fornecidos. Reiteramos o pedido e ainda assim não foi cumprido, e como eram documentos imprescindíveis para iniciar a investigação, demos cumprimento à ordem judicial. Com relação ao aparato, esses cumprimentos de mandado obedecem o rito protocolar a ser seguido, inclusive, com a preservação da segurança da equipe. O objetivo não foi intimidar, constranger ou expor o órgão, inclusive, fomos muito bem recebidos e tratamos todo mundo bem, com a colaboração dos servidores na entrega da documentação. Não extrapolamos o objetivo que a Polícia Civil foi cumprir no local”, afirmou.


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