Polícia

Preso o acusado de matar motorista de aplicativo em Santana; vítima pode ter sido morta por engano

Calebe Nascimento, de 19 anos, confessou ser o autor dos dois disparos que mataram o motorista de aplicativo Algerri Alves, em Santana, na noite de domingo (17). Ele [Calebe] diz que pode ter matado a vítima por engano.


Algerri foi morto com dois tiros na cabeça. Calebe confessou ter assassinado o motorista de aplicativo

Elden Carlos
Editor-chefe

 

Foi identificado como Calebe Nascimento de Lima, de 19 anos, o homem que matou com dois tiros na cabeça o motorista de aplicativo Algerri Alves da Silva, de 25 anos, que morreu na noite deste domingo (17) durante uma emboscada no bairro Provedor I, município de Santana, distante 17 quilômetros de Macapá.

Calebe foi localizado e preso na manhã desta segunda-feira (18) em uma residência localizada no bairro Remédios. Segundo o delegado Felipe Rodrigues, da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Santana, Algerri pode ter sido morto por engano.

“O investigado confessou o crime e disse que recebeu ordens de dentro do Iapen para matar o motorista, porém, o próprio Calebe reconhece que pode ter errado o alvo. Ele [Calebe] declara que há alguns dias houve o assassinato de um integrante da facção a qual ele faz parte, e que um motorista de aplicativo, com carro semelhante ao de Algerri, deu apoio logístico no crime. Realizamos todos os levantamentos e não encontramos nenhuma evidencia de que a vítima pudesse integrar qualquer organização criminosa. Existe, sim, a real probabilidade de Algerri ter sido morto por engano”, destaca o delegado.

O presidente do inquérito disse ainda que uma ‘amiga’ de Algerri, de 17 anos, foi quem o atraiu para a emboscada. “Essa moça ligou para o motorista e, por ser conhecida dele, conseguiu que ele fizesse a corrida sem que o aplicativo fosse acionado. O atirador e ela sentaram no banco de trás. Eles saíram do bairro Remédios até o bairro Provedor. Lá a mulher desceu e o investigado efetuou dois disparos na cabeça do trabalhador”, concluiu.

Algerri ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Assim que souberam da prisão um grupo de motoristas de aplicativos foi para frente da delegacia. O próprio delegado conversou com eles para evitar tumulto.

Reportagem e fotos: Jair Zemberg


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