Polícia

Preso o terceiro suspeito de assassinato no estádio Vilelão, em Santana

‘Mimica’ foi torturado e deixado desacordado por três dias nas ruínas do estádio Vilelão, no município de Santana. Ele sofreu traumatismo craniano e acabou morrendo após ser resgatado.


'Senegal' foi preso em Ferreira Gomes

A delegada Luiza Maia, titular da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), de Santana, distante 17 quilômetros de Macapá, comandou no início da tarde desta quinta-feira (24) a prisão do terceiro suspeito de envolvimento no assassinato de Almir da Silva Costa, de 47 anos, que foi torturado nas ruínas do estádio Vilelão, em Santana, e que só foi encontrado três dias depois da agressão. Ele havia sofrido traumatismo craniano, recebeu atendimento médico no hospital, mas não resistiu e acabou morrendo.

 

Rosinilson Costa da Silva, de 43 anos, o ‘Senegal’, passou a morar no município de Porto Grande após o crime, de acordo com as investigações. “Ele [Senegal] fugiu para Porto Grande assim que a ‘bomba’ estourou. No curso das investigações apuramos que esse terceiro elemento teve participação direta no crime. Representamos pela prisão preventiva que concedida pela justiça”, disse a delegada.

 

Maia revelou que Senegal teria descoberto que estava sendo procurado, e fugiu para o município de Ferreira Gomes. Os agentes seguiram para a região onde efetuaram a prisão. Ele foi apresentado na 2ª DP de Santana para ser ouvido em depoimento e depois será encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Antes já haviam sido presos Raul Brito Aimoré, de 41 anos, o ‘Cabeludo’, e Sandro Vasconcelos Lobato, de 42 anos, o ‘Cara de Piçarra’. Eles seguem presos na cadeia pública.

 

Crime
A vítima teria sido atraída para uma armadilha nas ruínas do Vilelão no dia 27 de janeiro. Ele teria sido torturado pelos algozes que o deixaram desacordado. Três dias depois, após buscas de parentes e da polícia, Mimica foi encontrado no local. Ele foi internado, mas não resistiu e acabou morrendo.

 

Abandono

Delegada Luiza Maia comanda investigação

A delegada Luiza Maia disse que apesar do crime bárbaro, nada foi feito em relação ao estádio. Ela lembra que o Vilelão vem servindo como abrigo de usuários de drogas, ponto de prostituição infantil e até mesmo como depósito de produtos roubados.

 

“As autoridades precisam voltar os olhos para o Estádio Vilelão, que se tornou um local para usuários de drogas, desova de corpos e outros diversos crimes. Almir foi mais uma vítima do abandono desse local. Foi encontrado com traumatismo craniano. Ou se dá uma destinação para essa área ou logo, logo teremos, infelizmente, outro caso dessa natureza”, alertou.

 

Em abril de 2015, outra morte foi registrada no mesmo local. A vítima foi Jonas Fortunado de Souza, de 42 anos, encontrado morto em uma das galerias abandonadas do estádio, ao lado de um colchão, com marcas de espancamento na região da cabeça.

 

Reportagem: Elden Carlos

 


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