Secretário de Justiça diz que forças de segurança apuram clima de tensão em terras Wajãpis
Secretário Carlos Souza diz que muitas informações ainda estão sendo apuradas e em breve um relatório detalhado será entregue à imprensa.
Railana Pantoja
Da Redação
O secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), coronel PM Carlos Souza, detalhou na manhã desta segunda-feira (29) algumas informações prévias de equipes policiais que foram enviadas à aldeia indígena Wajãpi, em Pedra Branca do Amapari, distante 200 quilômetros de Macapá, e onde supostamente teria ocorrido um conflito envolvendo garimpeiros no último fim de semana.
“Houve um grande número de desinformação. Falaram de metralhadoras, grupos armados, garimpeiros, tomadas de aldeia; duas equipes da Companhia de Operações Especiais (COE) se deslocaram para ter certeza do que está acontecendo. A Polícia Federal e a PRF também estão lá. Ontem (domingo) essas equipes chegaram ao local e estão, através de telefone satelitado, informando relatórios do que ocorre”, falou.
De acordo com o último relatório enviado pelas equipes, não foram encontradas evidências de invasão. “Até o último relatório vindo da região indígena, não temos nem uma evidência de invasão, nem foram encontrados garimpeiros ou caçadores. A COE é uma Companhia muito boa nessa parte de rastreamento e selva, e até agora não foi encontrado nada. As equipes não relatam confrontos, e também não existe essa de índios lutando com garimpeiros e caçadores. Isso ainda não foi identificado”, completou.
Sobre o indígena assassinado no suposto conflito, Emira Wuajãpi, de 68 anos, o secretário diz que o fato ainda precisa de investigação. “Ele foi morto no dia 23, o corpo foi encontrado e a Funai nacional está verificando se teremos condições de fazer perícia para identificar a causa real do óbitos. Também não temos testemunhas, mas sabemos que ele está lesionado com vários golpes. Não dá pra afirmar quem matou e nem quais motivos levaram ao cometimento desse crime. Mas a PF já está nessa investigação e tenho certeza que vamos identificar o que aconteceu”, disse.
“O momento é de ter tranquilidade, de apurar, para que não se propague informação de pessoas que estão lá, mas não estão comprovando a informação”, finalizou Carlos.
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