Polícia

Soldado que matou cabo da PM é acusado de desacatar e ameaçar agente penitenciária

Juiz plantonista negou pedido de prisão preventiva do militar que está preso por crime de homicídio qualificado.


O soldado Kássio de Mangas dos Santos, de 29 anos, foi apresentado na noite de terça-feira (02) por agentes do Grupo Tático Prisional (GTP) no Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) Pacoval, acusado de desacato e ameaça a uma agente prisional durante um atendimento no Centro de Custódia do Zerão, na zona sul de Macapá, onde o soldado está preso desde agosto do ano passado pelo assassinato da ex-companheira, Emily Monteiro, que era cabo da Polícia Militar (PM). Ele é réu confesso do crime.


Segundo a agente penitenciária, a equipe do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) foi pela manhã ao Centro prestar atendimento aos encarcerados. Eles têm direito – a cada 15 dias – de realizar uma ligação de 3 minutos, porém, as chamadas são supervisionadas pelos agentes prisionais.


As ameaças e desacatos, segundo a agente, iniciaram no momento em que ela disse ao soldado que o tempo da ligação havia expirado. Ela narrou ainda em depoimento que o militar teria continuado a ligação e promovido ameaças do tipo “isso não vai ficar assim”.


Ainda segundo os agentes, essas situações teriam ficado recorrentes. O delegado Renato Gerep, no Ciosp Pacoval, autuou o soldado e o encaminhou para audiência de custódia. O juiz Rogério Bueno Funfas, do Núcleo de Garantias do Fórum de Macapá, em decisão tomada na manhã desta quarta-feira (03) negou a prisão preventiva justificando que o soldado já encontrasse preso por crime de homicídio qualificado. O magistrado expediu alvará de liberdade provisória.


Kássio de Mangas passou por exame de corpo delito e foi encaminhado ao Centro de Custódia do Zerão onde permanecerá preso pelo assassinato da cabo Emily. Ele será levado a júri popular pelo crime.

Reportagem e fotos: Jair Zemberg


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