Suspeito de assassinato em Mazagão é indiciado e transferido para o Iapen
Otonis Baia, de 36 anos, foi preso preventivamente na tarde de segunda-feira (5). Ele foi apontado como autor do tiro que matou o cobrador de van Arlywilson Freire, de 20 anos.

O delegado da Polícia Civil Anderson Ramos Gomes, titular da delegacia de Mazagão, distante 32 quilômetros da capital, Macapá, indiciou por homicídio qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) Otonis Baia Mendonça, de 36 anos, que foi preso suspeito de ter assassinado com um tiro pelas costas o cobrador de van intermunicipal Arlywilson Freire Guimarães, de 20 anos.
O crime ocorreu na madrugada de domingo (4) na orla da sede do município. Segundo o delegado, a motivação para o homicídio foi uma discussão no trânsito. Vítima e suspeito teriam saído de uma festa e Arlywilson caminhava com familiares por uma das ruas quando Otonis apareceu dirigindo um carro logo atrás.
Houve uma discussão na passagem do veículo, sendo que o suspeito teria ofendido a vítima e outras pessoas no percurso. O cobrador de van foi atrás em uma motocicleta tomar satisfação, mas Otonis sacou uma arma.
Arlywilson se virou para correr, mas acabou alvejado nas costas. “Após o levantamento de informações nós representamos pelo pedido de prisão preventiva do suspeito, o que foi acatado pela justiça. Durante a tarde desta segunda-feira (5) nós efetuamos a prisão e o encaminhamos para exame de corpo delito na Politec. De lá ele foi transferido para o Iapen”, disse o delegado.
A prisão foi decretada pelo juiz da Vara Única da Comarca de Mazagão, Saloé Ferreira da Silva, que afirma existirem indícios suficientes sobre a materialidade do crime. O magistrado, em seu despacho através do processo nº 0001234-23.2018.8.03.0003, observa ainda que imagens de câmeras de segurança flagraram a ação, e que a testemunha-chave J.S.S relatou estar sofrendo ameaças do investigado.
Apesar das provas colhidas no bojo da investigação, Otonis nega envolvimento no crime. A polícia tenta localizar a arma usada no homicídio. Nesta terça-feira (6) o delegado foi ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) para dar continuidade na investigação com novos procedimentos.
Em 2009 o suspeito respondeu a um termo circunstanciado por lesão corporal, mas o processo foi arquivado.
Manifestação
Durante a tarde desta segunda-feira, quando houve a prisão, parentes de Arlywilson foram para frente da delegacia protestar. Até mesmo o caixão com o corpo da vítima foi levado para o local. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado para dar apoio na transferência e evitar uma possível invasão, já que havia ameaças de linchamento do suspeito.
Reportagem: Elden Carlos
Fotos: Divulgação
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