“Tio Chico” é transferido do Iapen para a Penitenciária de Mossoró, no Rio Grande do Norte
Principal líder entre as organizações criminosas no Amapá foi levado em voo comercial custodiado pelo Grupo Tático Prisional

Um dos investigados na Operação Queda da Bastilha, Ryan Richelle dos Santos Menezes, o ‘Tio Chico”, 29 anos, foi transferido às 15h desta sexta-feira, 23, em voo comercial, para a Penitenciária Federal de Mossoró, no estado nordestino Rio Grande do Norte. A Polícia Federal e o Gaeco fizeram a custódia do preso, do Iapen até ao aeroporto de Macapá. A transferência foi responsabilidade do Grupo Tático Prisional (GTP).
Tio Chico, principal líder entre as organizações criminosas instaladas no Amapá, e um dos alvos da Operação Bastilha, estava preso no Iapen, desde dia 14 passado, quando a Polícia Federal e o Gaeco deflagraram a Operação Bastilha para cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão, seis deles no interior do próprio Iapen; oito mandados de prisão preventiva e um de prisão domiciliar.
A operação Queda da Bastilha mobilizou mais de 80 policiais de várias forças de segurança, inclusive de fora do estado. A investida da PF e Gaeco foi contra servidores públicos, advogados e presos do regime fechado que estariam praticando os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, falsidade ideológica, prevaricação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Um dos presos na operação foi o delegado de polícia civil titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes, Sidney Leite, que estaria altamente envolvimento no crime organizado, inclusive sendo parceiro de Ryan Richelle dos Santos Menezes, o Tio Chico, conforme gravações telefônicas captadas nas investigações. Sidney Leite se encontra recolhido no Centro de Custódia do Novo Horizonte.
A transferência de Tio Chico para a Penitenciária de Mossoró foi possível através de pedido do Iapen à Vara de Execuções Penais do Estado, sendo que o procedimento inicial foi feito com intermediação do Gaeco. Em 2021, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) solicitou a transferência de 13 líderes acusados de serem mandantes de vários homicídios de pessoas de fora da cadeia ligadas ao tráfico de drogas. Desde então, esta é a quinta transferência autorizada.
O processo para o deslocamento de internos aos presídios federais segue um trâmite que começa pelo Iapen e passa pela Vara de Execuções Penais e Corregedoria da Justiça Federal. O Amapá deve inaugurar ainda neste ano a Penitenciária de Segurança Máxima, com 196 vagas destinadas a detentos de alta periculosidade.
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