Polícia

Tribunal de Justiça manda prender ex-comandante da PM do Amapá

Acusado de participar de esquema que desviou R$ 5 milhões da Assembleia Legislativa, Lindemberg Abel do Nascimento se apresentou espontaneamente e está cumprindo pena no Comando Geral da PM.


Após ter sua prisão determinada pela justiça, o coronel reformado Lindemberg da Polícia Militar do Amapá se apresentou espontaneamente e foi recolhido ao Comando Geral da PM, onde está cumprindo pena antecipada de 7 anos de prisão em regime semiaberto sob a acusação de participar de um esquema que desviou R$ 4 milhões que seriam destinados a compras de passagens aéreas entre 2011 e 2012, quando ele exercia o cargo de chefe da gabinete da Assembleia Legislativa (Alap).

Em entrevista concedida com exclusividade neste sábado no programa Togas&Becvas (DiárioFM 90,9), apresentado pelo advogado Helder Carneiro, que tem na bancada os também advogados Wagner Gomes e Evaldy Mota, o advogado Maurício Pereira, responsável pela defesa do coronel, explicou que ele foi condenado em 2016, mas estava em liberdade aguardando o julgamento de recursos mas, como os mesmos se exauriram na 2ª instância, foi decretada a sua prisão para cumprimento antecipado da pena.

“Infelizmente eu tive que apresentar nessa sexta-feira, espontaneamente, o coronel Lindemberg Abel do Nascimento, que foi condenado em uma única instancia pelo Tribunal de Justiça e não teve a quem recorrer para provar a sua inocência, isto é, não teve julgamento em 2ª instância; nem trânsito em julgado (da sentença) teve pra ele. Inicialmente a ordem era para ele cumprir pena no semiaberto no Centro de Custódia do bairro Zerão, mas pedimos e a juíza permitiu que ele cumpra a pena no Comando Geral, porque no Centro de Custódia ele correria riscos porque lá estão custodiados ex-policiais que de alguma forma foram punidos disciplinarmente por infrações cometidas na época em que ele era comandante da PM e também quando era secretário de Segurança Pública do Amapá”, explicou o advogado.

A condenação do coronel Abel ocorreu em uma das ações originárias da Operação Ecléia, deflagrada em 2012 pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP), que também resultou na condenação do ex-presidente da Alap, deputado Moisés Souza, do ex-deputado Edinho Duarte, do ex-secretário de Finanças da Assembleia Legislativa, do ex-servidor Janiery Torres e da proprietária da agência de viagens acusada de participar do esquema, Maria Orenilza.


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