Política Nacional

Acordo com EUA deve abrir mercados para carne brasileira, diz Temer

Exportações de carne para EUA devem começar em 90 dias, diz governo


Representantes do Brasil e dos Estados Unidos trocaram as chamadas “cartas de reconhecimento de equivalência de controles oficiais” relacionadas ao mercado de carne bovina in natura. Na prática, informou o Ministério da Agricultura, com o ato os dois países passaram a reconhecer formalmente a abertura do mercado norte-americano para o produto brasileiro.

Em nome do Brasil, coube ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, entregar a carta, enquanto a embaixadora dos Estados Unidos em Brasília, Liliana Ayalde, representou seu país no evento. O presidente da República em exercício, Michel Temer, acompanhou a cerimônia.

Temer e Maggi destacaram em seus discursos que a decisão dos EUA deve contribuir para a abertura de novos mercados para a carne brasileira.

Conforme o Ministério da Agricultura, o acordo prevê que o Brasil passará a integrar a cota que a América Central tem para exportar carnes para os Estados Unidos, de 64,8 mil toneladas anuais. A tarifa de exportação será de 4% ou 10%, conforme o tipo de corte da carne. Se essa cota for extrapolada, o produtor terá de pagar uma tarifa de 26,4% sobre o valor vendido aos EUA.

Inicialmente, ao detalhar o acordo, o ministro da pasta, Blairo Maggi, havia informado que o Brasil teria uma cota de 60 mil toneladas para exportar anualmente aos Estados Unidos sem taxas para os exportadores e que, somente após esse limite ser excedido, os produtores passariam a pagar uma taxa, de 26%.

Na última sexta (29), o Ministério da Agricultura havia divulgado um comunicado à imprensa no qual informou que o acordo de abertura de mercado assinado com os Estados Unidos havia sido fechado após reunião do IX Comitê Consultivo Agrícola (CCA) dos dois países.

A restrição dos EUA ao produto brasileiro havia sido derrubada em junho do ano passado, mas, segundo o ministério, as condições para a carne bovina in natura ser vendida no país ainda precisavam ser negociadas.

A restrição norte-americana à carne brasileira que caiu em 2015 era focada na saúde animal, enquanto a abertura de mercado acordada na semana passada estava relacionada às questões sanitárias. Com a troca das cartas nesta segunda, diz o governo, os EUA atestam que a carne bovina brasileira in natura atende às regras sanitárias norte-americanas, assim como o Brasil sobre a carne norte-americana.


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