Política Nacional

Advogado da Rodrimar pede ao STF para desmembrar inquérito que mira Temer

A defesa da empresa do setor de portos pediu ao ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, que a investigação envolvendo a Rodrimar seja enviada à primeira instância.


A defesa da Rodrimar, que tem o ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff José Eduardo Cardozo na equipe, pediu ao Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (19) que o inquérito dos portos – que mira o presidente Michel Temer – seja desmembrado.

A defesa da empresa do setor de portos pediu ao ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, que a investigação envolvendo a Rodrimar seja enviada à primeira instância.

Na peça a que o blog teve acesso, Cardozo e o advogado Fabio Tofic argumentam que “a empresa não está envolvida em nenhum fato ocorrido durante o mandato do atual Presidente da República”.

A Rodrimar é suspeita de ter se beneficiado da edição de um decreto assinado por Temer em 2017. Investigadores suspeitam que, em troca do benefício, a Rodrimar pagou suposta propina ao presidente.

Para a defesa, não há a participação dos representantes da Rodrimar – como o ex-presidente da empresa Antonio Celso Grecco – na edição do decreto.

“Não há qualquer justificativa para que eventual investigação em seu desfavor continue se desenvolvendo no bojo do presente feito”, diz o documento.

Os advogados também citam uma planilha que, segundo a PF, aponta indícios de pagamento de R$ 340 mil mensais ao presidente Michel Temer, no fim da década de 90, por parte de empresas da área portuária, entre elas a Rodrimar.

A defesa da empresa diz que “inexiste indicativo de qualquer eventual contrapartida recebida pela Rodrimar”.

O inquérito dos portos foi prorrogado em maio por mais 60 dias, autorizado pelo ministro Barroso.


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