Aécio é nono senador que se torna réu no âmbito do STF

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) é o nono senador a se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF). Também são réus na Corte os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR); Romero Jucá (MDB-RR); Renan Calheiros (MDB-AL); Valdir Raupp (MDB-SC); Sérgio Petecão (PSD-AC); José Agripino Maia (DEM-RN); Ivo Cassol (PP-SC) e Cidinho Santos (PR-MT).

Todos esses membros do Senado correm o risco de ter os processos enviados às primeiras instâncias da Justiça Federal caso não se reelejam a cargos públicos neste pleito de 2018. O tucano, por exemplo, só terá foro privilegiado por mais oito meses. Aécio Neves ainda não divulgou se pretende se candidatar a algum cargo público este ano.

Na tarde desta terça-feira (17), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal admitiu, por unanimidade, a denúncia feita pelo Ministério Público contra o senador Aécio por corrupção passiva. Agora, o Supremo abre a ação penal para decidir se condena ou absolve o senador.

Nesta nova etapa, o STF começa a fase de instrução processual, quando são apresentadas testemunhas de defesa e acusação. Em seguida, tem início a etapa de coleta de provas. Neste momento, o réu é interrogado e, depois, o MPF apresenta as alegações finais. Não existe prazo definido para que as apurações feitas pelo Supremo sejam concluídas.

A denúncia acusa Aécio de ter solicitado a Joesley Batista, empresário do grupo J&F, R$ 2 milhões em propina. Nas gravações, ao ser questionado por Joesley sobre quem buscaria os valores negociados, Aécio respondeu: “Tem que ser um que a gente mata antes de fazer delação”.

A declaração foi usada pelo procurador Carlos Alberto Coelho para embasar a denúncia. Andrea Neves, irmã do senador; Frederico Pacheco de Medeiros, primo do tucano e responsável por buscar o dinheiro; e Mendherson Souza Lima, ex-assessor do senador Zeze Perrella (MDB-MG), também se tornaram réus no processo julgado pela Primeira Turma nesta terça-feira (17).

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