Política Nacional

Após perder HC no Supremo, sombra de delação de Palocci avança

Assim que teve a prisão decretada, Palocci deixou de ser um dos grandes aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se tornou um grande temor do PT.


A definição do Supremo Tribunal Federal (STF) pela manutenção da prisão do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci fez a possibilidade de o político aceitar as condições para fechar acordo de delação premiada junto à força tarefa da Operação Lava Jato crescer. Apesar de o advogado de defesa do ex-ministro, Alessandro Silvério, ter se esquivado de tratar do assunto, bastidores apontam que essa seria a melhor alternativa para Palocci reduzir sua pena.

Assim que teve a prisão decretada, Palocci deixou de ser um dos grandes aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se tornou um grande temor do PT. O depoimento do ex-ministro da Fazenda à força tarefa da Operação Lava Jato sobre o tríplex de Guarujá (SP), em setembro de 2016, foi um dos que mais complicou a vida de Lula até a condenação. À época, Palocci confirmou que o apartamento era do petista e de Marisa Letícia.

Apesar de não ter sido confirmada, a possível delação do ex-ministro foi assunto durante a sessão plenária de ontem (12) no STF. O ministro Marco Aurélio Mello, que se manifestou a favor do habeas corpus que pedia a liberdade, afirmou que a prisão tem sido utilizada como um “meio para forçar delação”. “Se fragiliza a pessoa até não mais poder até que ela entregue outros cidadãos. Isso tem uma nomenclatura: é inquisição em pleno século 21”, ponderou. Palocci foi condenado a 12 anos de prisão e cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Mesmo lugar em que Lula está detido desde o último sábado (7). Para evitar encontro entre eles, Lula tem uma rotina de visitas e horários de banho de sol diferentes dos demais presos que estão no local.


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