Política Nacional

Atentado beneficiou Bolsonaro na disputa eleitoral, aponta Ibope

Pesquisa foi realizada no auge da repercussão do ataque ao candidato


Pesquisa Ibope divulgada na noite de ontem registrou um crescimento das intenções de voto ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) logo após a tentativa de homicídio sofrida pelo deputado na última quinta-feira (6). O levantamento ocorreu entre 8 e 10 de setembro. O resultado mostra o aumento de quatro pontos percentuais na preferência pelo militar da reserva em comparação à primeira semana do mês, de 22% para 26%.

O incidente impactou também no índice de rejeição do candidato, acima da margem de erro da pesquisa, de 2%. Os eleitores que afirmaram que não votariam em Bolsonaro “de jeito nenhum” no período passou de 44% para 41%.

O cenário após o atentado ao candidato também pode ser analisado pelos números da Datafolha. A comparação sinaliza que pode ter ocorrido um pico favorável ao deputado durante o final de semana. A pesquisa mais recente foi realizada no dia 10, após 4 dias do ataque. As intenções de voto para Bolsonaro representaram 24% dos entrevistados, dois pontos a mais que o último período analisado, entre os dias 20 e 21 de agosto. A rejeição analisada pelo Datafolha, no entanto, foi menos favorável, subindo de 39% para 43% no período.

Um novo levantamento realizado pelo Datafolha será divulgado na próxima sexta-feira_(14). O instituto analisará os dias 13 e 14 desta semana.

Segundo turno
Considerando a margem de erro, Bolsonaro aparece tecnicamente empatado em segundo turno com todos os principais adversários da disputa. O cenário que mais beneficia o deputado é quando enfrenta o substituto de Lula, Fernando Haddad (PT), onde o militar ganha com 40% contra 36%. A pesquisa foi realizada quando o petista ainda não havia sido confirmado como o representante do partido.

O candidato com maior vantagem contra Bolsonaro é Ciro Gomes (PDT), com 40% contra 37%, mesmo assim dentro da margem de erro. Foi analisado ainda os cenários de segundo turno entre Bolsonaro e Geraldo Alckmin, do PSDB (37% x 38%, respectivamente); e com Marina Silva (REDE), expressamente empatados, com 38% cada um.


Deixe seu comentário


Publicidade