Política Nacional

Atos contra Dilma ocorrem no aniversário do AI-5, diz Rui Falcão

Em dia de manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente do PT, Rui Falcão, usou sua conta no microblog Twitter para lembrar, neste domingo (13), que o Ato Institucional nº 5 (AI-5) foi implementado na mesma data, há 47 anos.


Instituído em 13 de dezembro de 1968, o AI-5 deu plenos poderes ao presidente-marechal Artur da Costa e Silva e, entre outras medidas, permitiu o fechamento do o Congresso, a intervenção do governo federal nos estados, institucionalizou a censura prévia e suspendeu o habeas corpus em casos de crimes políticos

“13/12/1968 – a ditadura baixou o Ato Institucional nº 5 e acabou com as liberdades democráticas no País”, escreveu o presidente do PT. O líder do PT no Senado, senador Humberto Costa (PE), compartilhou a mensagem de Rui Falcão e disse que todos estão “juntos contra o golpe”.

Por meio do Twitter do partido, o PT escreveu que “os manifestantes pró-golpe idolatram datas históricas da ditadura, como 13 de dezembro, data do AI-5”. A deputada Jandira Feghali (RJ), líder do PCdoB, publicou também por meio do Twitter: “Essa movimentação nas ruas é homenagem ao AI-5 ou é só impressão?”.

Rito de impeachment
O Supremo Tribunal Federal (STF) poderá redefinir, na sessão desta quarta-feira (16), boa parte do rito do impeachment previsto em uma lei de 1950 – que contém regras sobre o trâmite – e nos regimentos internos da Câmara e do Senado, que detalham procedimentos para receber a denúncia, analisar as acusações, abrir o processo, afastar e depor um presidente da República.

Em ação que visa barrar o processo contra Dilma, o PC do B questiona não só atos já realizados no caso – como o acolhimento do pedido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), passo inicial do impeachment – como também outros que ainda estão por vir, inclusive no Senado, que irá julgar se houve ou não crime de responsabilidade.

Após suspender o processo, o relator da ação, ministro Edson Fachin, afirmou que, em seu voto, irá propor um rito “por inteiro” para o andamento do caso.


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