Política Nacional

Barbosa vai se apresentar a Davos o compromisso com o ajuste fiscal

Ministro quer insistir na normalidade e previsibilidade para reconquistas a confiança de investidores


Em sua primeira participação no Forum Econômico de Davos como ministro da Fazenda do Brasil, o ministro Nelson Barbosa vai se apresentar como alguém que tem compromisso com o ajuste fiscal, iniciado pelo antecessor, Joaquim Levy.

É mais um esforço do novo comandante da economia brasileira para mostrar ao mundo econômico que no Brasil não haverá “mágica ou truque” e que o compromisso do país é com a “normalidade e previsibilidade” para recuperar a confiança dos investidores.
Esse tom do discurso de Nelson Barbosa no Forum Econômico de Davos foi discutido nesta segunda-feira (19) no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff.

Ficou acertado que o ministro vai repetir lá o discurso que tem feito aqui no Brasil: o de que vai buscar cumprir a meta de superávit para este ano, de 0,5%, mas, para isso, o governo terá de contar com a aprovação da CPMF, o imposto sobre movimentação financeira já proposto ao Congresso; e também com a aprovação da DRU, a Desvinculação das Receitas da União.

Nelson Barbosa também vai falar lá da intenção do governo de fazer reforma da previdência para, entre outras coisas, ampliar a idade mínima para aposentadoria.

Barbosa tem destacado a importância da aprovação dessas medidas, mas o próprio governo reconhece que o ambiente no Congresso continua conflagrado – o que dificulta a aprovação dessas medidas, que necessitam de quorum de três quintos dos votos, ou 308 votos na Câmara. “A prioridade do país é o ajuste fiscal”, disse um assessor do governo sobre o tom do discurso de Nelson Barbosa no Forum de Davos. A ideia é afastar a interpretação de que o novo comandante poderá fazer mudanças bruscas na economia. “Na chegada, ele foi apontado como o mentor da nova matriz econômica. Agora, ele quer mostrar que tem compromisso com o ajuste fiscal”, disse.

A aposta é insistir na “normalidade e previsibilidade” para reconquistar a confiança dos investidores estrangeiros. Ele tem dito que, se o governo não criar novos problemas e resolver alguns que estão postos, “as coisas vão chegando a seu lugar”.


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