Política Nacional

Barroso defende reforma da Previdência: ‘não é escolha ideológica, é escolha aritmética’

O ministro também citou a reforma administrativa do Estado


Além de defender a reforma política como a mais urgente do próximo governo, o ministro também citou a reforma administrativa do Estado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso defendeu, nesta sexta-feira (5), a reforma da Previdência, a diminuição do peso do Estado e o equilíbrio fiscal. De acordo com Barroso, a estabilidade econômica foi uma das conquistas dos 30 anos da Constituição Federal de 1988.

Durante palestra da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, sobre os 30 anos da carta constitucional, o ministro disse que o equilíbrio das contas deveria ser um preceito básico da administração pública. “A reforma da Previdência não é escolha ideológica, é escolha aritmética”, afirmou Barroso. Além de defender a reforma política como a mais urgente do próximo governo, o ministro também citou a reforma administrativa do Estado.

“Venha o que vier (nas eleições), temos que criar um País menos dependente de governo, mesmo dependente de Estado, com mais participação social”, afirmou Barroso, ressaltando que a diminuição do Estado não significa menos investimentos em saúde, educação e políticas sociais, mas sim atacar o “capitalismo de compadrio em que as desonerações são para os amigos”. “Em matéria de economia, precisamos de um choque de livre iniciativa”, disse Barroso.

Ainda sobre economia, Barroso disse que o Judiciário não deveria ter atitude proativa em matérias econômicas, ao responder uma pergunta sobre “ativismo judicial”. Para o ministro do STF, o Judiciário deve ser proativo apenas em dois casos. O primeiro é na proteção de direitos fundamentais, de “mulheres, negros, gays, transgêneros e índios”. O segundo caso é na proteção das regras do “jogo democrático”. Segundo Barroso, foi isso que o STF fez ao definir as regras do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).


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