Política Nacional

Bolsonaro assina MP que busca agilizar venda de bens apreendidos de traficantes

Por se tratar de medida provisória, texto tem força de lei a partir da publicação, mas precisa ser aprovado pelo Congresso. Assinatura aconteceu em cerimônia no Planalto.


O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta segunda-feira (17) uma medida provisória (MP) que tem o objetivo de agilizar a venda e a utilização de bens apreendidos de traficantes de drogas.

A MP foi assinada em uma cerimônia no Palácio do Planalto, da qual participaram algumas autoridades entre as quais os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Sérgio Moro (Justiça), além da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e parlamentares.

Por se tratar de uma medida provisória, o ato do presidente terá força de lei assim que publicado no “Diário Oficial da União”. Para se tornar uma lei em definitivo, porém, a MP precisará ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias.

O que diz a medida provisória
De acordo com o Ministério da Justiça, as novas regras previstas na MP darão “maior eficiência e racionalidade” na gestão dos bens apreendidos de traficantes.

Segundo a pasta, a MP permitirá converter mais rapidamente os bens apreendidos em recursos financeiros e, além disso, aplicá-los em investimentos sociais. Os valores poderão ser utilizados, ainda de acordo com o ministério, antes mesmo do fim do processo judicial.

O ministério diz que a MP também permitirá aos estados receber os recursos de forma mais “célere”, “bastando a assinatura de termo de adesão com a demonstração do atendimento das condicionantes”, reduzindo os cursos com manutenção de depósitos.

Ainda conforme o governo, a proposta prevê que recursos oriundos de alienação de bens serão diretamente depositados em conta do Tesouro. Isso, segundo o Ministério da Justiça, antecipa em pelo menos cinco anos o período de entrada do dinheiro nos cofres públicos.

Alienação de bens
Atualmente, a lei já prevê a alienação antecipada dos bens. De acordo com a Política Nacional sobre Drogas, se for verificado o risco de perda de valor econômico em razão do tempo, será feita a avaliação do bem, que poderá ser colocado em leilão.

Uma resolução do Conselho Nacional de Justiça recomenda a alienação dos bens mesmo antes do trânsito em julgado para preservar o valor atual.

Mas, segundo integrantes do Ministério da Justiça, as questões relacionadas à alienação dos bens “passam batidas” pelos juízes e pelo Ministério Público. No decorrer da ação penal, avaliam esses integrantes, os pedidos e a concessão da alienação de bens costumam ficar em segundo plano.

Esses bens são frutos de diversas ações policiais. Na maior parte, são operações realizadas pelas polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal que resultam em apreensões ligadas a drogas em rodovias, em que os veículos, celulares e outros itens são apreendidos.


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