Política Nacional

Comissão do impeachment será instalada, diz senador

Na semana passada, os blocos partidários com representação no Senado indicaram os nomes de seus representantes para o colegiado. A cota de cada bloco depende do tamanho das bancadas.


Indicado pelo PMDB para presidir a comissão especial do impeachment, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) afirmou nesta segunda-feira (25) que o colegiado será instalado nesta terça (26) e terá reuniões diárias. Na tarde desta segunda, os senadores irão eleger no plenário os 21 integrantes titulares e os 21 suplentes da comissão.

Na semana passada, os blocos partidários com representação no Senado indicaram os nomes de seus representantes para o colegiado. A cota de cada bloco depende do tamanho das bancadas.

Dono da maior bancada do Senado, o PMDB terá cinco integrantes. Já os blocos liderados por PSDB e PT terão quatro senadores cada um na comissão.

A indicação de Raimundo Lira para a presidência da comissão encontra consenso tanto entre os partidos da oposição quanto entre os da base governista.

“Eleitos hoje os membros, 21 membros efetivos e 21 suplentes, vou convocar para amanhã [terça], às 10 horas, sessão para instalar a comissão. Vou passar a presidência para a pessoa mais experiente depois de mim, para proceder à minha eleição [como presidente]. Se houver consenso para presidência e relatoria, a eleição será por aclamação”, ressaltou Lira.

O parlamentar do PMDB disse ainda que, embora o rito do Senado não determine que a defesa da presidente se manifeste nesta primeira fase de tramitação do processo na Casa, ele pretende abrir espaço para os defensores de Dilma e os autores do pedido de afastamento se manifestar ainda nesta semana no colegiado.

“Vamos fazer reuniões nos dias úteis. Diariamente nos dias úteis. Vamos ouvir defesa e acusação. Serão convidados essa semana os três juristas autores do pedido de impeachment e a defesa“, afirmou o provável presidente da comissão.

Relator
Por integrar o segundo maior bloco partidário do Senado, o PSDB quer indicar o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) para a relatoria da comissão. O relator é o responsável pela elaboração do parecer que recomendará a instauração do processo de impeachment ou o seu arquivamento.

A indicação do tucano para o posto-chave do colegiado gerou indignação entre senadores do PT. Os petistas não querem ver um parlamentar filiado ao seu principal adversário político com poder para influenciar diretamente no futuro político da presidente da República.

Nesta segunda-feira, Raimundo Lira defendeu a indicação de Anastasia para a relatoria da comissão, mas admitiu que, diante da resistência do PT, pode ser realizada uma eleição para definir quem irá ocupar o posto de relator.


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