Política Nacional

CPI da Pandemia será lida na terça e não sofrerá ‘nenhum tipo de interferência’, diz Pacheco

Após leitura do requerimento em plenário, partidos ainda terão de indicar membros para a CPI. Grupo terá ‘todas as condições pra realizar bem o seu trabalho’, afirma senador


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que pretende ler em plenário, na sessão da próxima terça-feira (13), o requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.

A leitura é o primeiro passo oficial para a criação da CPI, que dependerá ainda da indicação dos membros pelos partidos e de uma sessão para definir a presidência e a relatoria dos trabalhos. Não há data para que esses processos sejam concluídos.

Na quinta (8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou que Pacheco dê andamento ao requerimento de CPI – que havia sido protocolado no Senado em janeiro, já com o número mínimo de assinaturas exigido pela Constituição.

“Como presidente do Senado, eu recebi a decisão e irei cumprí-la na primeira sessão do Senado Federal, que é na próxima terça-feira. Farei a leitura do requerimento de abertura da CPI e serão tomadas as providências de instalação da comissão parlamentar de inquérito no Senado”, declarou Pacheco.
Pacheco também declarou que não pretende colocar obstáculo e nem interferir na condução dos trabalhos do colegiado.

“Uma vez instalada a CPI, caberá ao seu presidente, ao seu relator, aos seus membros darem o rumo devido. Não haverá nenhum tipo de interferência da presidência do Senado pra poder prejudicar o trabalho da CPI”, afirmou Pacheco.

Na sexta (9), o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que pedirá a senadores que retirem as assinaturas de apoio à abertura da CPI. O requerimento tem 32 signatários, cinco a mais que o mínimo necessário.

Neste sábado, Pacheco disse desconhecer qualquer movimento no sentido de esvaziar o pedido de criação do colegiado. “Eu desconheço qualquer movimento nesse sentido e, se houver, não tomarei parte dele porque não é papel do presidente do Senado fazê-lo”, disse.

Até a decisão de Barroso, Pacheco vinha defendendo que, embora fosse a favor da investigação em algum momento, este não seria o período apropriado para abrir a comissão.

Mesmo após a determinação, Pacheco declarou à imprensa que considerava a ordem “equivocada”. Para o presidente do Senado, a comissão poderá ser usada como “palanque político” para as eleições de 2022.


Deixe seu comentário


Publicidade