Política Nacional

Cunha ironiza Dilma por propor ‘pacto’ com quem chama de ‘golpista

Dilma disse que, se ficar no cargo, proporá pacto político nacional.


O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ironizou a proposta da presidente Dilma Rousseff de propor um pacto com os defensores do impeachment caso o Congresso decida por não afastá-la do cargo. Para Cunha, é “contraditório” a presidente chamar o processo de afastamento de “golpe” e ao mesmo tempo propor aliança com os “golpistas”.

Dilma disse em uma entrevista no seu gabinete que vai lutar “até o último minuto do segundo tempo” para preservar o seu mandato. Afirmou ainda que, se vencer, vai propor um pacto político nacional, envolvendo todos os atores, inclusive a oposição. “A crise no país é tão grave que não há solução que não seja por meio de um pacto”, disse. Se perder, Dilma disse que se considera “uma carta fora do baralho”.

“É contraditório você falar em pacto e agredir. Dificilmente quem agride tem condições politícas de fazer pacto. Pacto pressupõe que você tenha uma convivência ou uma condição política de debater com as pessoas. Quando você vai para a agressão, você não vai conseguir fazer pacto. Você dizer que é golpe e no outro dia quer sentar com os golpistas?”, questionou Cunha.

Para Cunha, o discurso de Dilma não facilita uma eventual aliança com a oposição e outros defensores do impeachment. “É um pouco difícil essa retórica. Pacto pressupõe você estar na mesa discutindo algo concreto para o país. Isso, já foram várias oportunidades de ser feito e nunca foi. E é óbvio que, se o processo não passar, algo terá que ser feito. Mas vamos aguardar, não vamos colocar o carro na frente dos bois”, afirmou.


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