Política Nacional

Defesa de Bumlai pede à Justiça para pecuarista fazer exames de saúde

Réu na Lava Jato apresenta sangramento na urina desde domingo (10).
Juiz Sérgio Moro autorizou exames, que devem ser feitos até terça (12).


O juiz federal Sérgio Moro autorizou nesta segunda-feira (11) que o pecuarista José Carlos Bumlai, preso em novembro de 2015 na 21ª fase da Operação Lava Jato, seja levado para passar por exames de saúde. O pedido havia sido feito mais cedo pela defesa do réu que, segundo os advogados, vem apresentando sangramento na urina desde domingo (10).

O pedido é para que o pecuarista realize o exame de urina e tomografia computadorizada do trato urológico, com urgência, no Hospital Santa Cruz, em Curitiba. A petição também requer a presença do médico pessoal de Bumlai durante os procedimentos.

No despacho, Moro determinou que os exames sejam realizados entre esta segunda e terça-feira (12), a depender da disponiblidade de escolta policial. Caso haja necessidade de internamento, desde que não emergencial, o juiz deverá ser novamente consultado.

Foi para este mesmo hospital que o doleiro Alberto Youssef foi levado nas vezes em que passou mal, no ano de 2014. Os dois estão detidos na carceragem da Polícia Federal (PF), na capital do Paraná.

Youssef já foi condenado em várias ações penais da Lava Jato e ainda responde na Justiça por outros. Bumlai, por enquanto, é apenas réu em um processo. O pecuarista reponde pelos crimes de corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.

Em depoimento dado à Polícia Federal, no mês de dezembro, Bumlai confessou que houve fraude na quitação de um empréstimo de R$ 12 milhões feito por ele no Banco Schahin. Ele disse também acreditar que o dinheiro seria para pagar dívidas de campanha eleitoral em Campinas (SP) e para “caixa 2” do PT.

Procurada pelo G1, a PF não confirmou a informação de que o pecuarista passou mal na carceragem. Entretando, na petição, os advogados afirmam que, no domingo, foram chamados devido ao ocorrido e que o fato foi atestado por penitenciários federais.


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