Defesa pede que nova denúncia contra Lula não seja julgada pela Justiça Federal de Curitiba
Advogados alegam que o caso não pode ser julgado em Curitiba por não ter relação com a Petrobrás; Lula, Palocci e Okamotto foram denunciados por suposto repasse de propina em doações ao Instituto Lula.

Adefesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou pedido ao juiz Luiz Antônio Bonat para que a nova denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra ele não seja julgada pela 13ª Vara Federal do Paraná.
De acordo com os advogados do ex-presidente, o caso não pode ser julgado em Curitiba “por não ter, mesmo na hipótese acusatória, qualquer relação com a Petrobrás”.
Além de Lula, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto foram denunciados pela força-tarefa da Lava Jato, na segunda-feira (14), por lavagem de dinheiro.
O pedido dos advogados foi feito na quarta-feira (16). Eles solicitam que a denúncia seja analisada pela Justiça Federal de São Paulo e que, em caso de negativa, os autos sejam enviados para a Justiça Federal do Distrito Federal. No dia seguinte, Bonat deu prazo de cinco dias para que o MPF se manifeste a respeito.
Segundo a denúncia, a ação criminosa ocorreu em doações da Odebrecht ao Instituto Lula usadas para disfarçar repasses no total de R$ 4 milhões, entre dezembro de 2013 e março de 2014.
Na data da denúncia, a defesa do ex-presidente afirmou que as doações estão “devidamente documentadas por meio recibos emitidos pelo Instituto Lula – que não se confunde com a pessoa do ex-presidente – e foram devidamente contabilizadas”.
Os advogados disseram que reafirmam a inocência do ex-presidente e a legalidade das doações que, de acordo com a defesa, foram registradas, declaradas e feitas anos depois de Lula deixar a presidência.
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