Política Nacional

Deputado Rodrigo Maia presidirá a Câmara no 5º mandato de deputado

Deputado do DEM integra a base de apoio ao governo de Michel Temer


O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), 46 anos, eleito como novo presidente da Câmara dos Deputados, assumirá o lugar de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que estava afastado do cargo e renunciou na semana passada. Na disputa em segundo turno, ele derrotou Rogério Rosso (PSD-DF). O parlamentar, que integra a base aliada de Michel Temer, era um dos favoritos à sucessão, contando com o apoio de deputados do PPS, PSDB, PSB, além dos colegas de partido.

Em 2006, liderou a oposição no Congresso para apurar o escândalo do mensalão e chegou a dizer no plenário que havia motivo para que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondesse por crime de responsabilidade, o que poderia resultar em um impeachment. Ele também integrou as CPIs dos Correios e a Mista da Petrobras.

Maia foi cotado para ser líder do governo Temer, que acabou escolhendo André Moura (PSC-SE), apoiado por Eduardo Cunha e partidos do “Centrão”.

O deputado defendeu o afastamento de Eduardo Cunha, de quem já foi aliado, após as acusações de envolvimento no esquema de propina da Petrobras.

Maia é deputado federal pelo Rio de Janeiro há cinco legislaturas. Foi eleito para o primeiro mandato em 1998. Tentou se eleger prefeito do Rio em 2012, tendo Clarissa Garotinho (PR-RJ) como vice.

A chapa, estimulada por seu pai, o ex-prefeito Cesar Maia, e o ex-governador Anthony Garotinho (PR), obteve somente 3% dos votos e perdeu para Eduardo Paes, com 64% dos votos válidos.
Rodrigo Maia nasceu no Chile e se mudou para o Brasil aos 3 anos com a família. Pai de quatro filhos, é casado com Patricia Vasconcelos, enteada de Moreira Franco, secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República.

O casamento foi marcado por protesto e tumulto em 2005, quando estudantes exibiram cartazes “não procriem” em protesto contra a retirada de mendigos e camelôs da praça em frente à igreja pela Guarda Municipal por causa da cerimônia. Na igreja estavam três então presidenciáveis, o governador de Minas, Aécio Neves, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito de São Paulo, José Serra.


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