Política Nacional

Futuro chanceler diz que fará ‘exame minucioso’ da política externa do PT ‘em busca de possíveis falcatruas’

Ernesto Araújo contestou crítica feita por Celso Amorim


O futuro ministro das Relações Exteriores do governo Jair Bolsonaro, Ernesto Araújo, disse neste domingo (18), em sua conta no Twitter, que fará um “exame minucioso” da política externa do PT “em busca de possíveis falcatruas”.

O diplomata, que teve seu nome anunciado pelo presidente eleito na quarta-feira (14), contestou críticas feitas por Celso Amorim, chanceler nos dois governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Lula.

Ao jornal “O Globo”, Amorim disse que a indicação de Araújo para o comando do Itamaraty significava um “retorno à Idade Média”.

“Celso Amorim diz que represento um retorno à Idade Média. Não entendi se é crítica ou elogio, mas informo que não retornaremos à Idade Média, pois temos muito a fazer por aqui, a começar por um exame minucioso da ‘política externa ativa e altiva’ em busca de possíveis falcatruas”, escreveu Araújo em sua conta no Twitter. A expressão “política externa ativa e altiva” era usada por Amorim para definir sua estratégia como ministro das Relações Exteriores de Lula, entre 2003 e 2010. Ele defendia que o Brasil não poderia ter uma “diplomacia submissa” e voltada somente para relações comerciais.

Ao anunciar o nome de Araújo, Bolsonaro o descreveu como diplomata de carreira há 29 anos e um “brilhante intelectual”. O futuro chanceler atualmente é diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos.

“Ele [futuro ministro] tem 29 anos no ministério, então é uma pessoa bastante experiente já, apesar de ser uma pessoa jovem, com 51 anos de idade”, afirmou o presidente eleito na ocasião. Ele ressaltou que o futuro ministro terá de “incrementar a questão de negócios no mundo todo sem viés ideológico de um lado ou de outro”.

Durante toda a campanha eleitoral, Bolsonaro bateu na tecla de que buscaria manter relações com outros países “sem viés ideológico”. Disse reiteradas vezes, por exemplo, que incentivaria a China a “comprar no Brasil, não a comprar o Brasil”.


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