Política Nacional

Fux diz em discurso de posse que não admitirá agressão ao STF e recuo no combate à corrupção

Ministro assumiu presidência do STF no lugar de Toffoli. Fux também disse que Judiciário ‘não hesitará’ em tomar decisões a favor da democracia, das minorias e da liberdade.


Oministro Luiz Fux afirmou que não admitirá agressão ao Supremo Tribunal Federal (STF) nem qualquer tipo de recuo no combate à corrupção no país. Primeiro judeu a assumir a presidência do STF, Fux discursou na cerimônia em que tomou posse.

O ministro substituirá Dias Toffoli no comando do tribunal pelos próximos dois anos e também presidirá o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ministra Rosa Weber é a nova vice-presidente.
Nascido no Rio de Janeiro, Fux é formado em direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e atuou como advogado e promotor e ingressou para a magistratura na década de 1980.
“Aos meus colegas Ministros do Supremo Tribunal Federal, de ontem, de hoje e de sempre, presto a profissão de fé de que não economizarei esforços para manter a autoridade e a dignidade desta Corte, conjurando as agressões lançadas pelos descompromissados com a pátria e com o povo do nosso país”, afirmou Fux no discurso de posse.

“Esses corruptos de ontem e de hoje é que são os verdadeiros responsáveis pela ausência de leitos nos hospitais, de 24 saneamento e de saúde para a população carente, pela falta de merenda escolar para as crianças brasileiras e por impor ao pobre trabalhador brasileiro uma vida lindeira à sobrevivência biológica”, acrescentou.

Fux disse que o Poder Judiciário “não hesitará” em tomar decisões que protejam minorias, liberdade de expressão e liberdade imprensa e preservem a democracia e o sistema republicano de governo. Ele também prestou homenagem às vítimas da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

 

Combate à corrupção

Segundo ele, existe uma “intolerância nutrida pela sociedade brasileira em relação à corrupção”, e o STF assumiu posição importante na garantia das liberdades individuais e na promoção da igualdade material. “Igualdade traz dignidade”, frisou.

“Como no mito da caverna de Platão, a sociedade brasileira não aceita mais o retrocesso à escuridão e, nessa 14 perspectiva, não admitiremos qualquer recuo no enfrentamento da criminalidade organizada, da lavagem de dinheiro e da corrupção. Aqueles que apostam na desonestidade como meio de vida não encontrarão em mim qualquer condescendência, tolerância ou mesmo uma criativa exegese do Direito”, declarou o novo presidente do STF.


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