Política Nacional

Haddad pede ao Planalto reembolso de R$ 400 milhões por obras do PAC

Segundo ele, Jaques Wagner responderá ao pedido na semana que vem.


Ao final de uma audiência no Palácio do Planalto, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que pediu ao chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, o reembolso de R$ 400 milhões investidos pela capital paulista em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em uma entrevista na sede do Executivo federal, Haddad explicou que 25 obras do programa federal executadas em São Paulo receberam recursos municipais como forma de adiantamento e, agora, a prefeitura espera receber esse dinheiro de volta. Ele, no entanto, não detalhou quais foram as obras que receberam recursos da prefeitura. “Vim apresentar ao ministro o quadro do PAC na cidade de São Paulo, as obras já licitadas e o pedido de reembolso daquilo que foi adiantado pelo município, que são R$ 400 milhões”, ressaltou o prefeito paulistano.

Indagado sobre a resposta do chefe da Casa Civil ao seu pedido, o prefeito disse que Jaques Wagner deverá responder na próxima que vem. “Eu não tinha nenhuma expectativa de sair com resposta. Ele [Wagner] recebeu o pedido, eu diria, com naturalidade”, enfatizou.

A reunião entre Haddad e Jaques Wagner durou pouco mais de uma hora. Segundo o prefeito, além do reembolso de R$ 400 milhões, eles discutiram outros assuntos, como a autorização para o Campo de Marte, um dos aeroportos da capital paulista, operar, a partir de 2017, somente com helicópteros; o andamento de obras do programa Minha Casa, Minha Vida na cidade de São Paulo; e a criação de um novo bairro, na região onde funciona a Ceagesp.

Ele destacou ainda que, mesmo 2015 tendo sido um ano “difícil” para a economia, a prefeitura de SP ampliou seus investimentos de R$ 4,2 bilhões, em 2014, para R$ 4,5 bilhões no ano passado. “A crise penaliza todo mundo, mas não podemos nos desmobilizar em função dela. É o contrário, tem que trabalhar mais.”

PT
Haddad também comentou entrevista concedida por ministro Jaques Wagner. Na entrevista, Wagner afirmou que “o PT reproduziu metodologias antigas e se lambuzou”, em referência ao fato de o partido não ter feito uma reforma política e ter reproduzido “ferramentas” antigas que já eram utilizadas por outros partidos que chegaram ao poder. A fala do ministro gerou críticas por parte de dirigentes e militantes do PT.

Questionado sobre se endossava a avaliação de Jaques Wagner sobre seu partido, o prefeito disse que concordava “com ressalvas”. “Quando você santifica ou criminaliza toda uma agremiação, isso não faz sentido. As agremiações [partidos] são coletivas e há nelas indivíduos bons e aqueles que se desviam do bom caminho”.


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