Política Nacional

Joaquim Levy fala em ‘tranquilidade política’ ao deixar MF

Após o anúncio de que o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, assumirá o comando do Ministério da Fazenda, Joaquim Levy disse que é preciso “ter as políticas certas, fazer os ajustes, as mudanças” para a economia voltar a crescer.


“A mensagem de que o Brasil é forte, o Brasil tem condições de voltar a crescer, a gente tem ter as políticas certas, fazer os ajustes, as mudanças, para ter o investimento, ter o crescimento. É o que a gente quer. E também ter mais tranquilidade política. E com isso 2016 pode ser um ano muito bom pra gente. Obrigado”, disse a jornalistas ao deixar o Ministério da Fazenda na noite desta sexta.

Com a ida de Barbosa para a Fazenda, ocorrerá uma segunda troca no primeiro escalão. O atual ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, assumirá o Ministério do Planejamento. Barbosa e Simão serão empossados nos novos postos na segunda-feira (21).

A troca foi confirmada em nota enviada pelo Palácio do Planalto. No texto, a presidente Dilma Rousseff agradece “a dedicação do ministro Joaquim Levy, que teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica, e deseja muito sucesso nos seus desafios futuros”.

Homem de confiança da presidente Dilma Rousseff, Barbosa assume a chefia da área econômica do governo após discordar de Levy e se impor nos embates sobre as medidas para reestabelecer o reequilíbrio da dívida pública, sobretudo no que diz respeito ao nível da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida).

A troca de bastão no comando da economia brasileira ocorre pouco menos de um ano depois de Joaquim Levy ter assumido o posto. Ministro de perfil técnico, Levy se sentiu desprestigiado na função por ter sido vencido reiteradas vezes em disputas com o colega do Planejamento sobre definições da política econômica.

A trajetória de Nelson Barbosa
Economista de formação e com um perfil mais técnico do que político, Nelson Barbosa tem um perfil mais alinhado ao da presidente, embora seja visto pelo mercado como “desenvolvimentista”, uma vez que ao longo do ano conseguiu convencer a presidente Dilma de medidas e metas menos dolorosas do que as que eram propostas pelo colega Levy.


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