Política Nacional

Marina Silva diz que STF não deve ‘legislar’ sobre aborto

Para candidata, tema deve ser discutido por consulta à população.


A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (23) que na avaliação dela o Supremo Tribunal Federal (STF) não deve “legislar” sobre a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, passando “sobre” o Congresso.

Para Marina, o tema deve ser discutido por meio de consulta à população. As declarações foram dadas durante entrevista a jornalistas da EBC.

Está em análise no STF uma ação do PSOL sobre esse assunto. A relatora do caso é a minsitra Rosa Weber, que já realizou audiências públicas para ouvir especialistas sobre o tema.

“Não acho que o Judiciário deva legislar [sobre a legalização do aborto até a 12ª semana] por sobre o Congresso. Eu advogado que esse tema, se for para ser ampliado para além do risco à mulher, do estupro, e da questão das crianças que poderão nascer sem cérebro, que seja por plebiscito”, afirmou a candidata.

Marina Silva acrescentou que é evangélica e, pessoalmente, contra a legalização desse tipo de aborto.

“Se for para ampliar, além das modalidades já existentes, que se faça um plebiscito. Não se pode subsitiuir 200 milhões de brasileiros por 513 deputados e 81 senadores. Nas democracias evoluídas, esses assuntos são tratados mediante plebiscito. É assim que se trata questões polêmicas como essa”, disse.

Marina defendeu investimentos em planejamento familiar e falou que o aborto não pode ser utilizado como um método contraceptivo. Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (22) mostrou que 59% dos entrevistados são contrários a mudanças na atual lei do aborto. O índice caiu em comparação com a pesquisa anterior, de novembro de 2015, quando 67% defenderam que a lei continue como está.


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