Política Nacional

Moro reconhece erro de cálculo e reduz pena de executivo da Odebrecht

Em dezembro, quando reconheceu “equívoco aritmético” na pena imposta ao ex-deputado federal Pedro Corrêa em outro processo, ele atribuiu o lapso ao excesso de trabalho. Na decisão de terça, não teceu comentários.


O juiz federal Sergio Fernando Moro admitiu, na terça-feira (15/3), ter errado ao somar as penas de um executivo da Odebrecht em processo da operação “lava jato”. Ele atendeu pedido apresentado pela defesa de Alexandrino de Salles Alencar, que havia sido condenado a 15 anos, 7 meses e 10 dias de prisão, e reduziu a pena para 13 anos e 6 meses, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Moro, porém, rejeitou outros argumentos apresentados pelos advogados em embargos de declaração.

Eles diziam que o juiz deixou de se manifestar sobre fatos de “indiscutível relevância”, como falta de prova idônea que demonstrasse a lavagem de dinheiro, e foi contraditório ao defender sua competência para analisar o caso, mas depois dizer que as provas de um inquérito da “lava jato” não tinham nexo causal com a ação penal contra executivos da Odebrecht.

Em dezembro, quando reconheceu “equívoco aritmético” na pena imposta ao ex-deputado federal Pedro Corrêa em outro processo, ele atribuiu o lapso ao excesso de trabalho. Na decisão de terça, não teceu comentários.

 A “lava jato” completa dois anos na próxima quinta-feira (17/3). Quando foi deflagrada, em 2014, o foco estava em doleiros suspeitos de lavar dinheiro. O caso voltou-se para a Petrobras depois de verificada a relação do doleiro Alberto Youssef com o ex-diretor da petrolífera Paulo Roberto Costa. Depois, a operação passou a outros órgãos do governo federal, sob a justificativa de que o tema central é um esquema de crimes envolvendo partidos. Já foram condenadas 62 pessoas.

 


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