Política Nacional

Para ministro Cardozo, investigações aumentam percepção da corrupção

Após a solenidade, Cardozo comentou a queda de sete posições do Brasil no ranking mundial de corrupção, divulgada nesta terça (26). O país ficou na 76º colocação, no estudo da Transparência Internacional, com a mesma nota de países como Índia, Tunísia e Burkina Faso.


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou em Brasília que a percepção do brasileiro sobre a corrupção piorou porque “o governo não age para acobertar, engavetar, esconder o tumor, mas para revelá-lo publicamente”. O ministro participou de evento em Brasília para lançar a nova etapa de consulta à população sobre o decreto de regulamentação do Marco Civil da Internet.

Após a solenidade, Cardozo comentou a queda de sete posições do Brasil no ranking mundial de corrupção, divulgada nesta terça (26). O país ficou na 76º colocação, no estudo da Transparência Internacional, com a mesma nota de países como Índia, Tunísia e Burkina Faso.

O ministro comparou a corrupção no país com o comportamento de um tumor no corpo humano. Segundo ele, a descoberta de uma doença como o câncer pode mudar a impressão do paciente que, antes, julgava estar saudável. “Às vezes, a pessoa acha que não estava doente antes. Aumenta-se a percepção da corrupção quando ela é investigada e combatida. Se eu não tenho a investigação, a sensação social é como se o tumor não existisse. É assim que eu interpreto a percepção do brasileiro sobre a corrupção.”

Questionado por jornalistas que acompanharam o evento, Cardozo não quis comentar a 22ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta. “Em relação à Lava Jato, é mais uma etapa determinada pelo Poder Judiciário. Eu não sei se já houve levantamento do sigilo relativo a essas decisões, portanto vou me abster de entrar em detalhes e comentar aquilo que ainda esteja em execução. O que posso afirmar que é uma decisão que a Polícia Federal está cumprindo fielmente, dentro do que foi determinado pelo Poder Judiciário.”

Impacto na economia
O ministro afirmou ainda que é possível investigar e punir empresas envolvidas em escândalos de corrupção sem prejudicar a economia do país. Segundo ele, o governo tenta impedir que a sociedade “pague a conta” dos atos criminosos. “O combate à corrupção é indispensável e o trabalho deve ser feito com autonomia. Por outro lado, a exemplo de todos os outros países do mundo, as investigações não podem atrapalhar a economia”.


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